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Líderes mundiais angariam 10 mil milhões de euros para apoio à Síria

04 fev, 2016 - 19:21

Verba anunciada pelo anfitrião da conferência de doadores, David Cameron, que explicou que metade poderá ser usada já e a outra metade nos próximos quatros anos.

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As Nações Unidas tinham pedido pelo menos oito mil milhões de euros para ajudar a Síria e os países vizinhos que têm acolhido os seus refugiados e a resposta superou as expectativas.

A conferência de doadores, que congrega em Londres os líderes de mais de 70 países, conseguiu reunir cerca de 10 mil milhões de euros, que serão disponibilizados até 2020.

O anúncio foi feito esta quinta-feira pelo anfitrião da conferência, o primeiro-ministro britânico David Cameron, que explicou que metade da verba poderá ser usada já durante o ano em curso e a outra metade nos próximos quatros anos.

É "a mais elevada verba alguma vez reunida em resposta a uma crise humanitária", disse Cameron em conferência de imprensa.

"Os resultados de hoje não são uma solução para a crise - ainda é precisa uma transição política - mas, com os compromissos assumidos, a nossa mensagem para o povo sírio e da região é clara: vamos estar ao vosso lado e apoiar-vos o tempo que for preciso."

Entre a lista de doadores destaca-se a Alemanha, que oferece 2,3 mil milhões de euros, a União Europeia, que dá 2 mil milhões, e o Reino Unido, que doa 1,7 mil milhões.

Portugal participa neste esforço com um total de 25 milhões de euros durante dois anos. Em Londres, o ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva explicou que 24 milhões serão canalizados para o programa específico de apoio à Turquia e o outro milhão para ajudar instituições sírias.

A guerra na Síria, iniciada em Março de 2011, já fez mais de 260.000 mortos, 13 milhões de deslocados internos e 4,6 milhões de refugiados, a maioria deles acolhidos nos países vizinhos: Turquia, Jordânia, Líbano e Iraque.

Comentários
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  • Joaquim Canas
    06 fev, 2016 EUA 01:57
    António Costa de Cacém: Talvez a diplomacia habilidosa do seu Presidente eleito, Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, possa ajudar nas conversações de paz entre todas as partes envolvidas. É um dignatário superdotado e bem respeitado pelo mundo inteiro.
  • Carlos A.S.Silva
    05 fev, 2016 Wu Hu - P.R,China 10:35
    Qual eh o motivo porque nao eh extenso o peditorio ao president Assad ? Esse fantoche tem com certeza muitos milhoes ou bilioes a salvo na Russia. Deveria ser ele o primeiro da lista.
  • Henrique
    05 fev, 2016 Londres 08:43
    DEVERIAM ERA CONGELAR OS SALARIOS DESSES ASSASINOS E USAR ESSE DINHEIRO PARA RECONSTRUIR O PAIS QUE ELES TEEM VINDO A DESTRUIR DESDE 2011.
  • luis
    04 fev, 2016 guarda 23:35
    com esse montante tirava-se de lá todos os idiotas que destroem o país e ainda sobrava dinheiro para a recuperação. Mas, como "bons políticos" que são, preferem atirar dinheiro para usufruto das fações combatentes mesmo sabendo que nada chegará ao povo sírio. Uma sentença de Pilatos. E nada se aprende e nada se altera!
  • António Costa
    04 fev, 2016 Cacém 23:32
    Só um acordo entre xiitas e sunitas poderá levar a "paz" à Síria. O Irão, xiita, conta com o apoio declarado da Rússia contra "os terroristas"(leia-se opositores a Bashar Hafez al-Assad). Os grupos radicais sunitas, apoiados pela Arábia Saudita pretendem derrubar Bashar Hafez al-Assad, mas existem "lutas internas" pela "liderança" sunita. A Turquia, recusou-se a atuar contra o EI, mas matou milhares de curdos opositores ao EI, na 1ª oportunidade. A Turquia apoia e financia os grupos radicais sunitas, acusando os curdos de "terrorismo". E Israel? Israel pretende limitar a influência do Irão "a qualquer" preço! Isso incluiu o apoio ao EI e aos radicais sunitas opositores aos xiitas do Hezbollah. E assim milhões de pessoas viram as suas vidas destruídas enquanto a "comunidade internacional" assiste incrédula aos crimes que o Estado Islâmico pratica com toda a impunidade! O problema é que "no terreno" Israel, Turquia e Arábia Saudita "ajudam" os radicais sunitas de que o EI faz parte!

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