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Mísseis russos atingem hospital e escola na cidade síria de Azaz

15 fev, 2016 - 10:46

Ataque fez, pelo menos, 14 mortos e 30 feridos. Ao que tudo indica, todas as vítimas são civis.

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Síria. Mísseis russos atingem hospital, escola e unidade dos Médicos Sem Fronteiras
Síria. Mísseis russos atingem hospital, escola e unidade dos Médicos Sem Fronteiras

Pelo menos 14 civis morreram após um bombardeamento russo, esta segunda-feira. Os mísseis atingiram um hospital pediátrico e uma escola na cidade síria de Azaz, junto à fronteira com a Turquia. Há ainda a registar 30 feridos.

O hospital foi um dos alvos da incursão aérea russa contra alegadas posições terroristas, que também atingiram um abrigo para refugiados, segundo avança a agência Reuters.

Quase à mesma hora em que era conhecido este incidente, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo acusava a Turquia de prestar auxílio a grupos jihadistas e mercenários para entrarem na Síria e engrossarem as fileiras do Estado Islâmico e de outras organizações terroristas.

“Moscovo expressa a sua preocupação em relação às acções ambiciosas das autoridades turcas em relação ao Estado vizinho”, pode ler-se num comunicado oficial russo.

Segundo hospital atingido

A associação Médicos Sem Fronteiras (MSF) confirmou outro bombardeamento também na região Norte. Uma unidade em Idlib foi destruída, esta manhã, após ser atingida quatro vezes. Há oito trabalhadores desaparecidos.

“Parece ser um ataque deliberado contra uma estrutura médica. Nós condenamos veementemente este ataque”, disse o chefe desta missão, Massimiliano Rebaudengo.

Quatro mísseis atingiram a unidade médica, de 30 camas e 54 profissionais. O hospital tinha dois blocos operatórios, um serviço de consultas externas e um serviço de urgência.

A MSF apoia cerca de 150 hospitais na Síria e esta não é a primeira vez que uma dessas unidades é atacada. A 5 de Fevereiro, três pessoas morreram e seis ficaram feridas no ataque a um hospital em Tafas, no sul do país.

O apoio da ONG francesa é normalmente prestado através do fornecimento de material médico e de fundos para o funcionamento.

Quase meio milhão de mortos e perdas económicas superiores a 250 mil milhões de euros. O retrato negro de cinco anos de guerra civil na Síria foi revelado pelo jornal “The Guardian”, que cita um relatório do Centro Sírio de Pesquisa Política.

Dos mortos, 400 mil terão sido causados pelo conflito e cerca de 70 mil devido a falta de água potável, medicamentos e outros cuidados básicos.

Aleppo pode ser o principal foco de preocupação nesta altura, mas está longe de ser o único ponto de dificuldade na Síria. Na região a norte de Homs a ofensiva do Governo em meados de Janeiro isolou cerca de 120 mil pessoas, que ficaram privadas de acesso a comida e outros cuidados básicos.

O preço do pão é já 10 vezes superior nesta região do que na cidade de Homs, já nas mãos do Governo e as Nações Unidas temem que a situação se deteriore rapidamente nas próximas semanas.


[notícia actualizada às 12h30]

Comentários
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  • Pinto
    10 mar, 2016 Custoias 12:38
    Afinal a tecnologia tem defeitos.
  • Joaquim Canas
    16 fev, 2016 EUA/USA 16:26
    Para o António Costa: Embora por vezes eu discorde das suas interpretações nestas matérias, admito que vossemecê escreve alguns dos melhores comentários colocados neste sítio. As suas observações são equilibradas e razoáveis em contraste com muitos dos outros desabafos “anti-americanos.” No entanto, parece-me em última análise que as políticas dos vários super-powers––sejam dos EUA, sejam do Putin––não irão salvar-nos de nós mesmos. Como está escrito no livro dos Provérbios (3:5-6), podemos confiar no SENHOR de todo o coração e reconhecê-lo em todos os nossos caminhos. Certo é que ele nos dirigirá nos nossos passos e caminhos. Para mim, pelo menos, esta é a a fé que está além da compreensão humana.
  • António Costa
    16 fev, 2016 Cacém 11:02
    Os EUA "não são responsáveis por todos os males do mundo". Pois não. Mas são responsáveis pelo apoio direto e indireto aos países que sustentam o "terrorismo islâmico". E isto, apesar do "11 de Setembro". Putin é um ditador. Pois é. Mas desde de os tempos da guerra civil na Indonésia (anos 60s do séc. XX) que o Islamismo e a Rússia não se dão muito bem. Goste-se ou não o Ocidente passa o tempo a desresponsabilizar o Islão da actual situação. Os "jihadistas" não vem de Marte, são pessoas comuns. APENAS cresceram e foram educados dentro de comunidades onde se pratica a defesa dos valores do Islão.
  • Zé Zé
    16 fev, 2016 Sintra 10:36
    Enquanto a Turquia bombardeia a seu "belo prazer" populações civis Curdas na Síria (os mesmos que têm lutado contra o Estado Islâmico) a "comunidade internacional" e a máquina de propaganda dos média, calam-se e ignoram completamente estas barbaridades. Não nos deixemos manipular pelas mentiras mediáticas das agências noticiosas internacionais ao serviço de interesses muito obscuros e perigosos. São verdadeiras máquinas mundiais de desinformação...
  • Zé Zé
    16 fev, 2016 Sintra 10:22
    Quando a Rússia está prestes a expulsar os terroristas de uma das maiores cidades da Síria, vêm certos países ocidentais, em especial EUA a bradar aos céus e a verter propaganda e lágrimas de crocodilo. O quer fizeram os EUA de eficaz contra o "Estado Islâmico"? Nada, melhor, forneceram-lhes indirectamente armas e dinheiro, para combater na Síria. Daí toda esta encenação...
  • Zé Zé
    16 fev, 2016 Sintra 10:15
    Quando a Rússia está prestes a expulsar os terroristas de uma das maiores cidades da Síria, vêm certos países ocidentais, em especial EUA a bradar aos céus e a verter propaganda e lágrimas de crocodilo. O quer fizeram os EUA de eficaz contra o "Estado Islâmico"? Nada, melhor, forneceram-lhes indirectamente armas e dinheiro, para combater na Síria. Daí toda esta encenação...
  • Joaquim Canas
    15 fev, 2016 EUA 23:47
    Concordo absolutamente com o Antero Ferreira! Nestes comentários podemos sempre ler que todos os males no mundo são da responsabilidade dos EUA. O Putin não pode cometer nenhuma falha. Faz-me querer mudar para a Rússia.
  • AT
    15 fev, 2016 Lisboa 23:30
    A propaganda ocidental é tão básica que esquece que no mundo global a verdade vêm ao de cima e rápido , Afinal foram os EUA que bombardearam o hospital de acordo com as imagens de satélite , o triste é que meios de comunicação social como a renascença depois não emendam as notícias falsas que publicam ... Longe vai o tempo em que as pessoas ouviam notícias e acreditavam piamente ! Uma coisa é certa nunca o estado islâmico levou tanta porrada como nos bombardeamentos russos, e felizmente que os russos vão continuar a bombardear aqueles animais !
  • rcgom
    15 fev, 2016 Sintra 14:36
    deveria ser era uma bomba atomica
  • Antonio
    15 fev, 2016 Braga 14:18
    Ja se sabia que, uma vez a Russia neste conflito, a limpeza seria total, não perdem tempo em ver se são civis ou não, bomba pra cima e mais nada, afinal é o que os russos gostam mesmo

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