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Refugiados. ​Portugal critica “resposta muito fraca” da UE

16 fev, 2016 - 13:24

Ministro dos Negócios Estrangeiros lembra que compromissos assumidos estão longe de ser cumpridos.

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A resposta da União Europeia à crise dos refugiados tem sido "muito fraca". A críticas foi feita esta terça-feira de manhã pelo ministro dos Negócios Estrangeiros no Parlamento, Augusto Santos Silva.

“O que nós temos de fazer é melhorar a resposta europeia, que tem sido até agora muito fraca, aos fluxos de refugiados”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa no Parlamento.

Santos Silva defendeu a necessidade de “melhorar o funcionamento dos centros de registo e de triagem, melhorar o sistema de recolocação, na prática pô-lo em funcionamento, e sermos solidários uns com os outros, em particular com os países mais sujeitos à pressão dos fluxos de refugiados”, descreveu.

Numa análise ao programa de trabalho da Comissão Europeia para 2016, Augusto Santos Silva pede mais e lembra que os compromissos assumidos estão longe de ser cumpridos.

“Nós temos hoje recolocados, ao nível da União Europeia, centenas de pessoas quando o nosso compromisso é na ordem das centenas de milhar. No caso português nós já recebemos dezenas de refugiados e a nossa disponibilidade é para milhares de refugiados”, recorda.

Só durante o mês de Janeiro, cerca de 62 mil refugiados e migrantes conseguiram alcançar a Grécia, fazendo a travessia do Mar Mediterrâneo. O balanço foi avançado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM). Durante a viagem, com condições meteorológicas adversas e um mar revolto, mais de 360 pessoas perderam a vida.

Mais de um milhão de migrantes chegaram à Europa no ano passado, naquela que é a pior crise migratória, nesta região, desde a Segunda Guerra Mundial, dos quais 27% são crianças.

Expulsões e confisco de bens não param migrantes

Multiplicam-se as barreiras à entrada de pessoas no espaço europeu.

O parlamento dinamarquês aprovou uma nova lei de imigração que inclui algumas medidas polémicas, nomeadamente o direito de a polícia passar a revistar todos os requerentes a asilo e de lhes confiscar dinheiro ou bens de valor superior a 1.340 euros.

A legislação prevê algumas excepções, como bens que tenham "elevado valor sentimental", como é o caso das alianças de casamento.

As autoridades alemãs tomaram uma medida semelhante. Segundo o jornal "Bild", os métodos já estão a ser aplicados em dois estados do sul: a Baviera e o Bade-Vurtemberga. As normas aplicadas apoiam-se numa lei nacional que decreta que todos os refugiados e solicitantes de asilo devem, primeiramente, recorrer aos próprios bens e só depois usufruir da ajuda do Estado.

Já na Suíça, de acordo com a imprensa local, os refugiados que entrem no país têm de entregar às autoridades todos os bens de valor superior a 1.000 francos, pouco mais de 900 euros - uma prática corrente há vários anos. Para reaver esse dinheiro ou bens, a pessoa em causa deve abandonar a Suíça no espaço de sete meses, caso contrário, a verba é deduzida nas despesas associadas aos pedidos de asilo e de assistência social.

A Suécia reverteu a política de integração de migrantes e deu ordens para repatriar entre 60 mil e 80 mil das 163 mil que recebeu durante todo o ano passado.

Pouco depois, a Finlândia anunciou que iria deportar quase 20 mil migrantes que não cumprissem os requisitos para ter asilo. A medida deverá abranger 62% de todos os migrantes que entraram o ano passado.

E surgem novos muros

A Áustria anunciou que vai erguer uma cerca ao longo da sua fronteira com a Eslovénia para controlar o fluxo migratório.

Mas este não é o primeiro. As autoridades húngaras começaram a 13 de Julho a erguer um muro de quatro metros de altura que deverá prolongar-se pelos 175 quilómetros da fronteira entre a Hungria e a Sérvia.

Já o governo búlgaro começou a reforçar o controlo da sua fronteira com a Turquia em 2014. Uma das medidas foi a construção de um muro com cerca de 160 quilómetros ao longo da linha fronteiriça.

Mais recente é a vedação de 1,5 quilómetros em Calais, no Norte de França, ao longo da entrada para o Canal da Mancha e que vai dar ao sul de Inglaterra. A estrutura, com pouco menos de quatro metros de altura, é temporária e será aumentada. O Reino Unido está a planear gastar cerca de 31 milhões de euros em novas vedações.


Comentários
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  • Vasco
    17 fev, 2016 Santarém 15:06
    Estes senhores de esquerda com o seu humanismo tão peculiar na linguagem abraçam sempre as causas mais distantes tramando os mais próximos na prática. Penso que quase todos nós lamentamos e nos revolta tudo o que se está a passar na Síria, no entanto ninguém quer assumir responsabilidades nas causas que levaram os acontecimentos a este ponto começando logo pelo palavreado das primaveras árabes, depois temos uma avalanche enorme de refugiados vindos dos pontos mais longínquos todos a tentar aproveitar a oportunidade de chegar à Europa e esta já infestada de muçulmanos incapazes de se adaptarem ao mundo ocidental e pior do que isso a procurarem impor por cá a sua religião e tradições, sabemos os graves problemas que alguns países europeus já enfrentam com esta situação e alguns por cá continuam a fazer de conta que não é nada, arranjem-lhes campos de acolho no norte de África enquanto a guerra na Síria não tiver fim, por outro lado não interfiram no que por lá se passa para evitarem males maiores que são a morte e a mutilação de centenas de milhares de inocentes.
  • Mendes
    17 fev, 2016 Lisboa 06:07
    Nao queremos migrantes arabes Muculmanos .Quem os quiser que os receba em.casa e pague do seu bolso os custos. A lata destes politico vermes eh incrivel e ocultam o sol com a peneira muculnanis q fiquem.em paises muculnanos . Sao estes mesmos politicos q com as suas politicas deportaram mais de 500 mil portugueses para o estrangeiro agora teem guita para tarados muculmanos. Nao queremos essa trampa aqui. A alemanha e outros q os querem q fiquem com eles fechem-se as fromteiras migrantes mussilmanos ilegais fuzilados assim aprendem.
  • Justo
    16 fev, 2016 Coimbra 15:05
    Tenha vergonha parasita! Quem quer refugiados em Portugal. Se já é dificil sustentar quem cá vive e é de cá . E depois os terroristas!
  • zecao
    16 fev, 2016 lisboa 14:30
    Olha, Olha, não temos dinheiro para mandar cantar um cego, mas até cagamos sentenças....
  • Pinto
    16 fev, 2016 Custoias 14:20
    Não acredito que a maioria dos homens e mulheres sejam refugiados. Uns é para procurar vida melhor e ter apoios à custa da situação actual, outros são aventureiros e outros são infiltrados jihadistas . Jovens bem alimentados, com cortes de cabelo mostrando modernice de gangues em vês de ficarem nos seus países e lutarem pelo bem dos seus países, fogem? Noutro contexto estou a lembrar-me dos ciganos romenos que saíram da Roménia e espalharam-se pela UE para aproveitarem e abusarem dos sistemas sociais de vários países entre os quais Portugal, essa gente imigrou para continuarem a fazer vida na criminalidade, aliás essa gente vive de burlas, roubos e mendicidade; está fora de questão trabalhar e levar uma vida honesta, estando nos genes essa forma de viver, está fora de questão tentar alterar alguma coisa, essa gente não aceita, começam a roubar desde pequenos. Os ciganos portugueses vivem à custa do RSI , de vendas ambulantes e de habilidades, quantos conhece que trabalham e levam uma vida honesta? Os portugueses já sofrem no bolso os descontos que pagam para essa gente, agora imaginem descontar para refugiados muçulmanos, alguns radicais com pensamentos totalmente a 360º

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