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PSOE e Ciudadanos chegam acordo. É uma solução sustentável para Espanha?

24 fev, 2016 - 09:35

O anúncio de acordo foi seguido de um ultimato. O impasse político em Espanha dura desde as eleições gerais de 20 de Dezembro.

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A seis dias da votação no parlamento espanhol a situação política em Espanha mantém-se instável. O PSOE, de Pedro Sánchez, e o Ciudadanos, de Albert Rivera, chegaram a um entendimento, mas o líder do Podemos Pablo Eglésias garantiu que não vai apoiar, nem integrar qualquer governo que inclua o Ciudadanos.

O socialista anunciou terça-feira ter chegado a "um acordo de legislatura" com o Ciudadanos, que incluirá o voto favorável do partido de Rivera à sua investidura como primeiro-ministro.

O entendimento surge após o líder do PSOE ter aceite as cinco propostas de reforma constitucional que lhe tinham sido feitas pela força de centro-direita: acabar com a excepção que garante que os titulares de cargos públicos só podem ser julgados por tribunais de instância superior; facilitar as iniciativas legislativas populares, baixando de 500 mil para 200 mil assinaturas necessárias para tal; limitar a oito anos o mandato do chefe do governo; suprimir as assembleias legislativas das províncias, que promovem a duplicação de órgãos e funções.

O PSOE precisará do “sim” ou da abstenção do Podemos ou do PP. Algo, por agora, difícil de alcançar. Não há, assim, uma solução maioritária em Espanha.

A solução maioritária está comprometida. “Não digo que é impossível, mas é muito difícil que até ao dia um tenhamos um acordo muito mais alargado,” diz à Renascença a correspondente da COPE em Portugal, Begoña Iniguez.

A jornalista afirma que pouco se sabe sobre o acordo entre os partidos de Sánchez e de Rivera, mas explica que o entendimento, para além de não contar com o apoio do Podemos, não deve contar com o apoio do Partido Popular. “O que está claro é o que o Podemos diz que não apoiará nem votará a favor deste acordo e que o PP, de Mariano Rajoy, também parece que não vai votar a favor, pelo menos, é o que ele [Rajoy] adiantou”.

No dia 1 acontece o primeiro dia do debate, “mas no caso de não ter os apoios suficientes haverá uma segunda votação uns dias depois. Só o presidente do parlamento espanhol Patxi López pode marcar novas eleições que provavelmente seriam para dia 23 de Junho”, explica a correspondente da COPE.

O impasse político em Espanha dura desde as eleições gerais de 20 de Dezembro. O Partido Popular foi a força partidária mais votada, mas não conseguiu revalidar a maioria.

O partido liderado por Mariano Rajoy conquistou 28% dos votos e 123 mandatos de deputados. O PSOE conseguiu 22% dos votos, 90 lugares no Parlamento.O Podemos teve 20% dos votos, 69 lugares de deputados.O Ciudadanos garantiu 40 mandatos, quase 14% dos votos.

Comentários
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  • antonio
    24 fev, 2016 lisboa 15:57
    Com um radical como o Podemos, podemos crer que os Espanhóis não vão longe!

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