09 mar, 2016 - 00:24
A Eslovénia anunciou que vai recusar, a partir da meia-noite de desta quarta-feira, a entrada de migrantes em todo o seu território, abrindo excepção para situações de emergência "humanitária", numa tentativa de travar a rota migratória nos Balcãs.
A entrada na Eslovénia vai, a partir de agora, ser concedida a "estrangeiros que cumpram os requisitos para entrar no país", aqueles que desejam pedir asilo e a migrantes seleccionados "caso a caso por razões humanitárias e de acordo com as regras do espaço Schengen", informou o Ministério do Interior esloveno, em comunicado.
A Eslovénia será o primeiro país do Espaço Schengen a aplicar esta medida, depois de o primeiro-ministro, Miro Cerar, ter anunciado esta manhã que vai aplicar estritamente as normas europeias, admitindo um máximo de 50 refugiados por mês, que acreditem que têm o direito a solicitar asilo por virem de zonas de guerra.
No final da cimeira de Bruxelas sobre a crise dos refugiados, o chefe do executivo esloveno recordou que, segundo as quotas estabelecidas pela União Europeia, a Eslovénia deverá receber 567 refugiados por ano.
A Macedónia, a Sérvia, a Croácia e a Eslovénia integram a denominada rota dos Balcãs usada pelos refugiados do Médio Oriente para chegar à Áustria, Alemanha e outros países ricos da União Europeia.