16 mar, 2016 - 22:06
Um grupo de manifestantes contra o Governo da Presidente Dilma Rousseff e Lula da Silva tentou entrar no Palácio do Planalto, gerando alguma tensão, segundo a assessoria da Polícia Militar do Distrito Federal.
Contudo, a mesma fonte confirmou à agência Lusa que a situação não envolveu violência.
Mais de uma hora após o início do protesto, agendado para as 17h00 (20h00 em Lisboa), cerca de 300 manifestantes encontravam-se no local, embora divididos em dois grupos, um contra o executivo e outro a favor, de acordo com dados da mesma fonte.
Os grupos, que organizaram grandes manifestações no Brasil no passado domingo para exigir a demissão da Presidente Dilma Rousseff, convocaram novos protestos para esta tarde, depois de o ex-Presidente Lula da Silva ter sido nomeado para ministro da Casa Civil.
Segundo a rádio de notícias CBN, mais tarde chegou ao local um grupo mais pequeno de pessoas a favor do Governo e a Polícia Militar encarregou-se da separação dos manifestantes de ambas as partes.
Deputados da oposição, que participaram na manifestação, entregaram um documento de protesto contra a nomeação de Lula da Silva a um representante do Palácio do Planalto, mas não conseguiram entrar no prédio, de acordo com a mesma rádio.
A CBN descreveu que homens do exército foram chamados ao local, bem como da Polícia do Distrito Federal para controlar o trânsito na principal via da capital brasileira.
Entretanto, o movimento Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre convocaram para esta noite um protesto durante o Jornal Nacional contra a nomeação de Lula da Silva como ministro.
A escolha do ex-chefe de Estado para um dos mais altos cargos no país é vista como uma manobra política, numa altura em que a Presidente Dilma Rousseff arrisca um processo de impugnação.
Além disso, ao entrar para o Governo, Lula da Silva, investigado no âmbito da Operação Lava Jato, que trata de um esquema de corrupção em várias empresas, incluindo a petrolífera Petrobras, passa a ter imunidade, podendo apenas ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal.