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Acordo UE/Turquia

Migrantes passam a ser enviados para a Turquia mal cheguem à Grécia

18 mar, 2016 - 14:42 • Paulo Ribeiro Pinto

Os líderes europeus chegaram esta sexta-feira a acordo sobre a crise migratória com a Turquia. Mais dinheiro para Ancara, levantamento de vistos para os cidadãos turcos e ainda a promessa de acelerar o processo de adesão à UE são alguns pontos deste acordo entre os líderes europeus e o governo turco.

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A partir de 20 de Março, domingo, todos os refugiados que cheguem ilegalmente à Grécia a partir dessa data serão reencaminhados de volta para a Turquia. Os líderes da União Europeia (UE) chegaram esta sexta-feira a acordo com a Turquia sobre a forma de lidar com a crise migratória.

A chegada a acordo foi anunciada através do Twitter pelo primeiro-ministro da Finlândia, Juha Sipila. "O acordo com a Turquia foi aprovado", escreveu Sipila.


António Costa. "Não podemos ter um excesso de ilusões sobre aquilo que representa o acordo" com a Turquia
"Não podemos ter um excesso de ilusões sobre aquilo que representa o acordo" com a Turquia, afirmou António Costa no final da cimeira

O primeiro dos nove pontos que constam do acordo defende que todos os migrantes que chegarem à Grécia vindos da Turquia a partir de 20 de Março vão regressar à Turquia. A decisão vai ser tomada de acordo com as regras comunitárias.

Em segundo lugar no documento, firmado esta sexta-feira, esclarece-se que por cada migrante sírio que tenha de regressar à Turquia, outro sírio que esteja já na Turquia é recolocado na União Europeia. Para o efeito, vai ser estabelecido um mecanismo ainda a delinear.

O terceiro ponto prevê que a Turquia tome as necessárias medidas para prevenir rotas ilegais por mar ou por terra da Turquia para a UE.

No quarto ponto, prevê-se que, uma vez travada por completo a migração ilegal entre a Turquia e a UE, será activado um esquema humanitário de admissão para o qual cada Estado-membro irá contribuir de forma voluntária.

Em quinto lugar, o acordo estipula o cumprimento da prevista aceleração dos vistos para cidadãos turcos na entrada na UE até, ao mais tardar, final de Junho deste ano.

No sexto ponto, lê-se que, a UE, em colaboração com a Turquia irá acelerar o desbloqueio da verba de três mil milhões de euros para apoio à Turquia. A UE prevê ainda mobilizar mais três mil milhões de euros até ao final de 2018.

A UE e a Turquia congratulam-se, no sétimo ponto do documento, com os avanços feitos em matéria alfandegária. Em oitavo, a UE e a Turquia reafirmam o compromisso de revitalizar o processo de adesão da Turquia à UE.

Por último, a UE e os seus Estados-membros comprometem-se a trabalhar para melhorar as condições humanitárias na Síria, em particular em determinadas áreas junto da fronteira turca.

Todos estes pontos serão analisados mensalmente pelas instâncias turcas e europeias, conclui-se.

A União Europeia procurava há várias semanas alcançar um acordo para oferecer à Turquia que permitisse gerir a situação dos refugiados e conter os fluxos migratórios em direcção à Europa. Portugal esteve representado nesta cimeira pelo primeiro-ministro, António Costa.

Comentários
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  • fanã
    18 mar, 2016 aveiro 18:40
    Mais um penso na enorme ferida, sem verdadeira solução a vista !...........Será que vamos ter de imigrar NÓS Europeus, para o médio oriente, vou trocar a minha Bíblia por o Corão e preparar-me para a viagem !!!!!
  • edgar
    18 mar, 2016 Lisboa 18:24
    Será que sou eu a ler mal?!!! Se cada um chegar á Grécia a nado ou de bote, vai recambiado para a Turquia e depois o mesmo número entra na Europa. Não será quase a mesma coisa só que camuflada de legalidade. Continua a invasão muçulmana da Europa. Que coisa tão triste de cabeças iluminadas.
  • António Costa
    18 mar, 2016 Cacém 18:24
    "... por cada sírio que seja reenviado da Grécia para a Turquia outro sírio é recolocado a partir da Turquia na União Europeia..." parece-me muito bem, de génio e passam a entrar à vontade 80 milhões de turcos. E ainda pagamos 3 mil milhões de euros, sim senhor. Este negócio faz-me lembrar as parcerias público-privadas. E os turcos não recebem mais nada, por exemplo, por cada curdo ou cristão "neutralizado"?
  • bom português
    18 mar, 2016 lisboa 16:03
    a europa é uma maternidade de fascistas...

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