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Obama em Cuba. Uma “luz” que ajuda os cubanos no país e no exterior

21 mar, 2016 - 14:00

A cubana Niubis Mustelier está em Portugal há dez anos. Vive no Porto, onde ensina danças latinas. Aplaude a visita de Obama, embora não entre em euforia. “Tão cedo, acho que nós não vamos ver o resultado. Muita coisa tem que mudar nas mentalidades, tanto em Cuba como nos Estado Unidos”, argumenta.

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Niubis Mustelier é cubana, está em Portugal há dez anos e encara a visita do Presidente dos Estados Unidos ao seu país como uma “luz”.

Os ritmos cubanos ocupam os dias de Niubis Mustelier. É licenciada em arquitectura, mas o desejo de divulgar a cultura do seu país levou-a a criar uma escola de dança no Porto. Quis "mostrar Cuba em toda a sua verdade”, explica.

A professora de dança acredita que a visita de Obama a Cuba é uma boa oportunidade para melhorar a relação entre os dois países, o que pode atenuar o bloqueio a que o país tem sido sujeito vivido.

“Cuba está limitada em muitas relações, em questões económicas, políticas e financeiras, e tem muito a ver com não ter uma boa relação com os Estados Unidos. Acho que ele [Obama], indo a Cuba, vai ajudar os cubanos que estão dentro de Cuba e aos que estão fora também.”, afirma Niubis.

Para Niubis, “Cuba sempre esteve aberta ao mundo” porque há muitos cubanos no estrangeiro. A professora de dança acredita que o governo de Raúl Castro está empenhado em mudar a situação do país: “Tivemos um tempo muito fechado e já antes de Obama ir, o governo está a perceber que tem que ter uma abertura, porque não podemos continuar assim por muitos anos.”

Os sinais de abertura são perceptíveis, mas, para esta cidadã cubana que se viu obrigada a emigrar, os resultados só serão visíveis a longo prazo. “Tão cedo, acho que nós não vamos ver o resultado. Muita coisa tem que mudar nas mentalidades, tanto em Cuba como nos Estado Unidos”, remata.

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