22 mar, 2016 - 17:53 • Henrique Cunha
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O português Armando Cardoso, funcionário da Comissão Europeia em Bruxelas, deslocava-se para o trabalho de metro aquando dos atentados desta terça-feira de manhã. Percebeu que algo se passava quando a composição parou numa estação e todos os passageiros foram retirados. “Percebemos que haveria algum problema”, conta à Renascença.
Para além de dois filhos a estudar em Bruxelas, a família Cardoso conta por estes dias com a presença de uma outra filha mais velha que aproveitou as férias da Páscoa para estar uns dias com os pais.
Nesta altura não há transportes públicos em Bruxelas e Armando Cardoso teve de se socorrer de uma bicicleta para regressar a casa.
“As pessoas têm de se adaptar. Eu de manhã vinha de metro e fiz a parte final do percurso a pé. E agora arranjei uma bicicleta e estou aqui a fazer um percurso que mesmo assim é longo: são pelo menos uns 30 minutos para regressar a casa. E pronto a vida continua. E depois irei buscar as crianças à escola. Penso que também teremos de falar um pouco com as crianças porque elas ficam um pouco perturbadas com tudo isto”, conta.
Os atentados em Bruxelas fizeram 34 mortos e cerca de 200 feridos, segundo a comunicação social local. Houve um atentado suicida no aeroporto da capital e outro no metro de Maalbeek.
Estes ataques já foram reivindicados pelo Estado Islâmico.