22 mar, 2016 - 07:25
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Duas grandes explosões ocorreram esta terça-feira de manhã no aeroporto internacional de Zaventem, em Bruxelas, na zona das partidas. Onze pessoas terão morrido no aeroporto, segundo os dados disponíveis às 12h10. Meia hora depois, um ataque na estação de metro de Maelbeek terá feito 15 vítimas mortais.
Minutos antes das explosões, um homem terá gritado palavras em árabe e logo a polícia disparou sobre ele. Segundo a VRT, as explosões foram levadas a cabo por bombistas suicidas.
O nível de ameaça foi elevado para quatro em todo o país (estava no nível 3) e activado o plano de catástrofe provincial.
“Ouvi duas grandes grandes explosões. Senti o edifício a tremer e depois havia muito pó e fumo”, descreve um repórter da Sky News que se encontrava na zona do “duty free”.
O aeroporto foi evacuado e as ligações de comboio entre o aeroporto e a capital suspensas. Os voos estão também suspensos e o espaço aéreo foi fechado.
A primeira explosão terá ocorrido às 8h00 (7h00 em Lisboa), ao que tudo indica junto ao balcão da American Airlines, mas esta informação ainda não foi confirmada.
As imagens que estão a ser divulgadas mostram fumo a sair do edifício do terminal e grandes danos no interior do edifício, cujo tecto já abateu. As janelas também não resistiram às explosões e os estilhaços atingiram várias pessoas.
É ainda desconhecida a causa das explosões e se se tratou de um acidente ou de um atentado. Certo é que aconteceram quatro dias depois da detenção, em Bruxelas, do principal suspeito dos ataques de Novembro em Paris. Salah Abdeslam, 26 anos, foi detido na sexta-feira, depois de quatro meses em fuga. A sua detenção permitiu identificar um novo suspeito: Najim Laachraoui, de 24 anos, mais conhecido pelo nome falso de Sufiane Kayal.
Desde então, a polícia belga tem estado mais alerta para eventuais represálias.
O aeroporto internacional de Bruxelas, situado a cerca de 15 quilómetros da capital, serve mais de 23 milhões de pessoas por ano.
No outro aeroporto que serve Bruxelas, a segurança foi apertada, com a presença de vários militares armados e um controlo quase sistemático de veículos.
Uma resposta esperada
Na segunda-feira, o ministro belga da Administração Interna, Jan Jambon, afirmou que o país estava em alerta dada a possibilidade de vingança por parte de aliados de Salah Abdeslam.
“Sabemos que neutralizar uma célula pode levar outras a entrar em acção. Estamos cientes de que este é um desses casos”, antecipou numa entrevista à rádio pública.
O investigador francês Francois Molins afirmou, numa conferência de imprensa em Paris, no sábado, que Abdeslam – cidadão francês nascido e criado em Bruxelas – admitiu ter pretendido fazer-se explodir no Stade de France, durante os atentados, mas que acabou por desistir.