22 mar, 2016 - 11:42
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O primeiro-ministro belga falou esta terça-feira à comunicação social para dar conta da sua reacção aos atentados que abalaram Bruxelas esta manhã, no aeroporto e numa estação de metro do quarteirão das instituições europeias.
Charles Michel considera este “um dia negro para a Bélgica” e diz que a “prioridade é, evidentemente, tratar das vítimas destes atentados”.
“Há um número indeterminado de mortos e de feridos, alguns em estado grave.
Aumentámos o nível de alerta para 4 e, consequentemente, foram criadas novas medidas de segurança”, adiantou, concretizando que “houve um reforço e mobilização de meios militares no terreno” e “decidido aumentar o reforço no controlo das fronteiras e a aplicação de medidas especiais nas restrições da circulação dos transportes”.
Apesar de tudo, o primeiro-ministro belga apela “à calma de todos, mas também à solidariedade de cada um”.
“Fomos mais uma vez postos a esta dura prova, uma prova difícil, face à qual teremos de estar unidos e solidários”, terminou.
A última actualização aponta para 26 mortos no total das explosões (11 no aeroporto e 15 no metro) e 136 feridos (81 no aeroporto e 55 no metro).
A explosão na estação de Maelbeek ocorreu cerca de uma hora depois das duas explosões no aeroporto Zaventem.
Charles Michel não quer, para já, fazer qualquer ligação entre os ataques desta terça-feira e a detenção, há quatro dias, do principal suspeito dos atentados de Novembro, em Paris.
“Não temos qualquer informação que nos permita tirar essa conclusão”, afirmou.
Salah Abdeslam, de 26 anos, foi detido na sexta-feira, depois de quatro meses em fuga. A sua detenção permitiu identificar um novo suspeito: Najim Laachraoui, de 24 anos, mais conhecido pelo nome falso de Sufiane Kayal.
Desde então, a polícia belga tem estado mais alerta para eventuais represálias.
Um ataque contra toda a União Europeia
Os ataques em Bruxelas quiseram atingir toda a União Europeia e as suas liberdades, defendeu esta manhã o ministro alemão da Administração Interna, Thomas
de Maiziere.
“Os alvos dos ataques – um aeroporto internacional e uma estação de metro perto das instituições europeias – indicam que este atentado terrorista não foi perpetrado apenas contra a Bélgica, mas contra a nossa liberdade, a liberdade de movimento de todos na União Europeia”, afirmou numa conferência de imprensa em Berlim.