22 mar, 2016 - 09:09
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Pelo menos 34 pessoas morreram e 136 ficaram feridas em várias explosões no aeroporto e no metro de Bruxelas, disse a ministra da Saúde belga, pelas 12h00.
A última actualização aponta para 34 mortos no total das explosões
(14 no aeroporto e 20 no metro) e 136 feridos (81 no aeroporto e 55 no metro).
As autoridades belgas vão enviar 225 militares para reforçar a segurança na cidade. O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala, na sequência das explosões desta manhã, no aeroporto e no metro. “Fiquem onde estão”, apela o centro de crise da Bélgica a todos os cidadãos.
Fontes do organismo que regula a navegação aérea civil na Bélgica e Luxemburgo informaram que o aeroporto foi encerrado e a maioria dos voos desviados para outros aeroportos da região. Foi também encerrado o tráfico ferroviário com ligação às instalações aeroportuárias.
No outro aeroporto da capital, a segurança foi apertada, com a presença de vários militares armados e um controlo quase sistemático de veículos.
Meia hora, dois ataques
A explosão na estação de Maelbeek ocorreu cerca de meia hora depois de duas explosões no aeroporto de Bruxelas, que terá feito pelo menos 11 mortos e 35 feridos.
A zona junto à estação do metropolitano de Maelbeek, em Bruxelas, muito próximo da Comissão Europeia e onde ocorreu uma explosão, foi evacuada.
As autoridades também aumentaram o perímetro de segurança naquela zona, a uma estação da Comissão Europeia, estendendo até à Praça Marie-Louise, a cerca de 550 metros.
Comissão Europeia fecha
A Comissão Europeia encerrou as suas portas e apelou a todos os seus funcionários que não abandonassem o edifício. Aos funcionários que ainda estivessem em casa foi pedido para não irem trabalhar, evitando deslocações.
"As instituições da União Europeia estão a trabalhar em conjunto para garantir a segurança do pessoal e das instalações. Por favor, fiquem em casa ou no interior dos edifícios", disse a comissária do Orçamento, Kristalina Georgieva, que lida igualmente com temas de emprego e segurança, na sua conta oficial do Twitter.
O comissário português em Bruxelas, Carlos Moedas, disse, na manhã desta terça-feira, à Renascença ter recebido ordem para não abandonar o edifício sede da Comissão Europeia, onde se encontrava quando se deu a dupla explosão no aeroporto de Bruxelas.
Segundo a rádio belga, terá ocorrido uma outra explosão no metro na estação de Schuman, junto ao edifício da Comissão Europeia.
O metro da cidade também já foi encerrado e todo o sistema de transportes foi suspenso.
Europa reforça segurança
A polícia federal alemã também já reforçou a segurança no aeroporto internacional de Frankfurt, o de maior tráfego do continente Europeu.
Na Holanda, as autoridades subiram o nível de alerta. Foi aumentada a segurança nas ruas, aeroportos e nas fronteiras.
O primeiro-ministro britânico disse ter ficado “chocado e preocupado” com as explosões ocorridas em Bruxelas. David Cameron confirmou que o gabinete de crise britânico – COBRA – vai reunir-se de emergência.
O Eurostar (TVG) cancelou todas as deslocações para Bruxelas.
O Presidente francês, Francois Hollande, convocou uma reunião de emergência do governo francês, depois das explosões registadas em Bruxelas. O primeiro-ministro francês Manuel Valls, o ministro da Administração interna Bernard Cazeneuve e o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian foram alguns dos ministros que estiveram presentes.
As autoridades francesas reforçaram as medidas de segurança no aeroporto Charles de Gaulle, o maior de Paris, confirmaram fontes aeroportuárias.
A polícia dinamarquesa reforçou as patrulhas no aeroporto de Copenhaga e noutros pontos-chave da cidade.
Na Suécia, as autoridades também aumentaram a segurança nos aeroportos e noutros espaços públicos.
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