22 mar, 2016 - 13:51
Veja também:
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira ter transmitido ao rei Filipe da Bélgica "o pesar, o repúdio e a solidariedade do povo português" face aos ataques desta manhã em Bruxelas.
Numa declaração no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa condenou o "atentado cego e cobarde que atingiu o coração da Europa" e defendeu que este é o momento de os europeus se unirem e reafirmarem "a luta pela democracia, pela liberdade, pelos direitos humanos, pela dignidade da pessoa".
O chefe de Estado português referiu que está "a acompanhar atentamente a situação", nomeadamente a situação de uma portuguesa que ficou ferida num dos ataques.
Segundo o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, trata-se de uma enfermeira de 30 anos, de Coimbra, que ficou ferida na explosão no metro de Bruxelas, mas sem gravidade, tendo já regressado a casa, depois de assistida no hospital.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no final de um encontro em que recebeu cumprimentos do presidente, vice-presidentes e secretários da Mesa da Assembleia da República, bem como de representantes de todos os partidos com assento parlamentar: PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP, PEV e PAN.
Quando falava do relacionamento entre Presidente da República e Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que acontecimentos como os atentados em Bruxelas aumentam a necessidade de "solidariedade institucional" entre órgãos de soberania.
"É nestes momentos que temos a noção daquilo que nos une e da importância de aquilo que nos une prevalecer sobre aquilo que nos separa ou que nos divide. E o que nos une é a luta pela democracia, pela liberdade, pelos direitos humanos, pela dignidade da pessoa. E é nos momentos cruciais, nos momentos de crise aguda, que sentimos a necessidade de afirmar esses valores", declarou.
O Presidente da República reforçou o apelo "aos valores da liberdade, da democracia, dos direitos humanos", defendendo que "é neste instante a ocasião de os reafirmar".
"Não há segurança se não houver a construção da paz, do desenvolvimento e da justiça e a afirmação dos direitos humanos, da liberdade e da democracia. Mas também é essencial que essa seja feita com a solidariedade e a participação permanente dos povos, nomeadamente aqui dos povos europeus", acrescentou.