23 mar, 2016 - 07:22
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São irmãos os dois bombistas suicidas que na terça-feira lançaram o terror em Bruxelas. Khalid e Brahim El Bakraoui viviam na capital belga e tinham ligações a Salah Abdeslam, o principal suspeito dos atentados de Paris, no ano passado.
A informação é avançada esta quarta-feira de amanhã pela emissora pública belga RTBF, segundo a qual ambos tinham antecedentes criminais, mas não estavam indiciados pela prática de actos terroristas.
Ibrahim El Bakraoui tinha 29 anos e nacionalidade belga. Foi um dos responsáveis pelas explosões no aeroporto de Zaventem.
Deixou o seu testamento num computador encontrado nas buscas feitas no bairro de Schaerbeek.
Tinha registo de problemas
com a justiça. Em 2010, foi condenado a nove anos de prisão por disparar
contra a polícia durante um assalto. Estava em fuga desde o ano passado, quando
violou os termos da liberdade condicional.
Khalid El Bakraoui tinha 27 anos e nacionalidade belga. Foi o autor do ataque no metro, na estação de Maelbeek.
Terá arrendado um apartamento no bairro Forest, nos arredores de Bruxelas, sob um nome falso. É o mesmo bairro onde, na semana passada, a polícia realizou um raide e matou um homem armado.
Já era conhecido das autoridades e tinha cadastro. Foi condenado a cinco anos de prisão por “carjacking”, em 2011.
De acordo com a imprensa belga, utilizou um bilhete de identidade falso para arrendar um apartamento na zona de Forest, em Bruxelas, a casa onde estava escondido e acabou por ser capturado, na passada sexta-feira, Salah Abdeslam, o alegado mentor dos atentados de 13 de Novembro, em Paris.
Terceiro homem em fuga
Na terça-feira, foi divulgada uma fotografia dos três suspeitos da autoria do ataque ao aeroporto internacional de Bruxelas. Dois fizeram-se explodir e um terceiro está a ser alvo de uma caça ao homem, da qual fez parte a operação policial no bairro de Schaerbeek, que terminou ao início desta quarta-feira.
Não foram ainda reveladas quaisquer informações sobre o resultado dessa operação, a não ser que a polícia belga encontrou, naquele bairro, uma bomba de pregos, materiais químicos, uma bandeira do autoproclamado Estado Islâmico e ainda impressões digitais do principal suspeito dos ataques de Paris, em Novembro, Salah Abdeslam (detido há cinco dias).
[Notícia actualizada às 16h25, com actualização de informação dos bombistas]