24 mar, 2016 - 19:41
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Os ministros da Administração Interna e da Justiça da União Europeia (UE) prometem maior troca de informações e controlo nas fronteiras internas em resposta aos atentados de Bruxelas.
Na reunião desta quinta-feira, na capital belga, os 28 Estados-membros puseram-se de acordo quanto à necessidade de reforçar a luta contra o terrorismo.
A aposta passa por mais troca de informação sobre possíveis suspeitos, explica a ministra portuguesa da Administração Interna.
“Um controlo mais sistemático dos nacionais da União Europeia nas fronteiras externas, aquando da sua passagem. São medidas que, no seu conjunto, visam reforçar a troca de informações e são medidas também de luta contra o terrorismo. Mas a ideia principal que saiu deste conselho é a necessidade absoluta que temos de implementar e de reforçar a partilha e troca de informações”, afirma Constança Urbano de Sousa.
Apesar das noticias de que dão conta de falhas no controlo de extremistas, os representantes da Bélgica não foram criticados pelos seus parceiros comunitários.
A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, diz que as autoridades belgas fizeram tudo o que era necessário.
“Nesta reunião , houve uma atitude de grande solidariedade relativamente ao ministro belga. Obviamente, há coisas que podem sempre falhar, mas a percepção é que eles terão feito tudo o que estava ao seu alcance para que as coisas não acontecessem. A esmagadora maioria dos países manifestou apoio aos ministros belgas da Justiça e do Interior e disponibilizou para cooperar activamente para activar rapidamente o conjunto de propostas que constavam desde documento da presidência”, declarou Francisca Van Dunem.
O conselho extraordinário de Justiça e Assuntos Internos, desta quinta-feira, teve como ponto de agenda a adopção de uma declaração conjunta de "clara condenação dos atentados terroristas" de Bruxelas.
Os ataques da passada terça-feira contra o aeroporto e uma estação do metro provocaram 31 mortos e 300 feridos.