24 mar, 2016 - 07:56
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Haverá um segundo homem envolvido no atentado de terça-feira à estação de metro de Maelbeek, em Bruxelas. A notícia está a ser avançada pela emissora pública belga RTBF.
Na quarta-feira, foram identificados dois bombistas responsáveis pelos atentados: Khalid El Bakroui pelo ataque no metro (que matou, pelo menos 20 pessoas) e Brahim El Bakroui pela explosão no aeroporto de Zaventem.
Esta quinta-feira de manhã, surge a notícia de que Khalid terá tido um cúmplice – um homem que aparece nas imagens das câmaras de vigilância e que transportava um grande saco.
A sua identidade continua por apurar, não se sabendo também se terá morrido no ataque ou se encontra em fuga.
O Governo federal belga decidiu, juntamente com o Parlamento, convocar para esta quinta-feira um minuto de silêncio em todo o país em memória das vítimas.
Três terroristas identificados
De acordo com as últimas informações disponíveis, já foram identificados três “kamikazes”: os irmãos El Bakroui e Najim Laachroui, de 25 anos, que se presume ter participado no atentado no aeroporto.
Um quarto homem, ainda não identificado, está a ser procurado pela sua participação no ataque em Zaventem. Não se sabe ainda se se trata do mesmo homem que também participou no atentado ao metro ou se se trata de um quinto terrorista.
Reunião de emergência em Bruxelas
Os ministros da Justiça e da Administração Interna da União Europeia vão reunir-se esta quinta-feira de emergência, em Bruxelas, na sequência dos atentados de terça-feira na capital da Bélgica, que é também sede da UE e da NATO.
Portugal vai estar representado na reunião pelas ministras da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Justiça, Francisca van Dunem.
Este conselho extraordinário de Justiça e Assuntos Internos tem como ponto de agenda a adopção de uma declaração conjunta de "clara condenação dos atentados terroristas" de Bruxelas.
O comissário europeu para os Assuntos Internos apelou para uma maior cooperação entre os países da UE no combate ao terrorismo. Dimitris Avramopoulos defendeu o reforço da Europol, o serviço europeu de polícia que ajuda as autoridades policiais nacionais a combater a criminalidade internacional e o terrorismo.
Pelo menos 31 pessoas morreram nas duas explosões no aeroporto de Zaventem e na estação de metropolitano de Maelbeek, em pleno "bairro europeu". O número de feridos foi revisto na quarta-feira para 300, incluindo pelo menos 21 pessoas com passaporte português.