29 mar, 2016 - 19:23
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O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) anunciou esta terça-feira que vai abandonar a coligação governamental liderada pela Presidente Dilma Rousseff.
A decisão foi tomada numa reunião da direcção do partido
liderado pelo vice-presidente brasileiro, Michel Temer, que durou apenas três minutos.
Os seis ministros do PMDB devem apresentar demissão do Governo
ou vão enfrentar processos disciplinares
no partido.
Os deputados que marcaram presença na reunião gritaram "Fora PT" e Brasil para a frente, Temer Presidente", de acordo com edição online do jornal "Folha de São Paulo".
O PMDB era o principal aliado da coligação da Presidente Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores (PT) no Congresso, já que conta com uma bancada de 69 deputados federais e 18 senadores.
A Presidente Dilma Rousseff cancelou esta terça-feira uma viagem aos Estados Unidos, prevista para a próxima quinta-feira, para participar numa cimeira sobre segurança nuclear, evitando assim que Michel Temer ficasse aos comandos do país.
O presidente da câmara dos deputados do Congresso já reagiu. Para
Eduardo Cunha, um dos mais destacados membros do PMDB, a decisão do partido só peca por tardia.
O PMDB não pode ser considerado "responsável" pelas
políticas levadas a cabo pela administração de Dilma Rousseff, afirma Eduardo
Cunha.
A saída do PMDB do Governo é mais uma má notícia para a Presidente Dilma Rousseff, que enfrenta também um processo de destituição no Congresso de Brasília.
O ex-Presidente do Brasil, Luiz
Inácio Lula da Silva, tinha afirmado, na segunda-feira, que
"
vê com certa tristeza" o que então era apenas a possibilidade do PMDB abandonar a coligação governamental.