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10% da despesa militar mundial chegaria para acabar com a fome e a pobreza

05 abr, 2016 - 07:47

Despesa militar subiu para quase 1.7 biliões de dólares no ano passado, com os Estados Unidos a liderarem nos gastos.

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A despesa militar mundial subiu 1% em 2015, na primeira subida anual em quatro anos, disse esta terça-feira um “think tank” sueco, que conclui que 10% deste valor chegaria para cobrir custos das iniciativas globais para a erradicação da fome e da pobreza em 15 anos.

O Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês) afirma que a despesa militar subiu para quase 1,47 mil milhões de euros, com os Estados Unidos a liderarem nos gastos apesar de a despesa norte-americana ter descido 2,4% para os 522,7 mil milhões de euros.

Em segundo lugar na lista dos países com maiores despesas militares aparece a China, com gastos a subir 7,4% para 188,6 mil milhões de euros, seguida da Arábia Saudita, cujos gastos de 76,5 mil milhões representam um aumento de 5,7%.

A Rússia, em quarto lugar, aumentou os seus gastos militares em 7,5%, para os 58,2 mil milhões de euros.

Encerram a lista dos 15 maiores investidores o Reino Unido, Índia, França, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Brasil, Itália, Austrália, Emirados Árabes Unidos e Israel.

Também em África, os gastos militares caíram 5,3% em 2015, depois de 11 anos de aumento crescente, uma inversão que se deveu principalmente à redução das despesas militares em Angola, o maior investidor da região subsariana.

Na América Latina e Caraíbas, as despesas miliares caíram 2,9%, por efeito principalmente de cortes nos gastos por parte do Brasil e Venezuela, que enfrentam crises económicas expressivas em resultado da queda dos preços do petróleo.

Segundo o instituto sueco, a despesa militar mundial chegou a 2,3% do PIB mundial, sendo que 10% deste valor chegaria para financiar os objectivos globais para acabar com a fome e a pobreza estabelecidos pelos 193 Estados-membros da Nações Unidas.

“Isto dá-nos uma certa perspectiva, que permite às pessoas verem qual é o custo de oportunidade dos gastos mundiais em despesa militar”, disse à Thomson Reuters o director do projecto da SIPRI, Sam Perlo-Freeman.

Comentários
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  • P/Vera
    25 nov, 2016 dequalquerlado 11:14
    Oh vera que trabalham os outros, ou preguiça? Que frase mais parva! Tu pertences ao psd. Só pode. Então quantos e quantos querem um trabalho e não conseguem tê-lo, porque têm estado a inventar máquinas para tudo, até para coçar nos tomates, para substituir os humanos, quando é do trabalho que as pessoas sobrevivem. Ou seja anda-se a matar o trabalho às pessoas. Aqui em portugal até tem se deixado de produzir nas terras, pois vêm tudo de fora, foi para isto que criaram a u. europeia, para alguns beneficiarem mas para outros passarem fome? Aqui tens um exemplo! Se falasses nos armamentos e naqueles que enriquecem das guerras, nos corruptos, na ganancia e na estupidez ainda se compreende. Agora saíres-te com esta é que não consigo entender.
  • Vasco
    05 abr, 2016 Santarém 22:39
    Mas isso não interessa aos responsáveis dos países quer sejam produtores de armas ou simplesmente compradores, armas e droga alimentam muita gente e disso não querem abdicar, julgam-se donos e senhores do mundo e esquecem-se de que estão simplesmente a pôr em causa a existência de humanidade neste planeta único local que temos para viver e deixar como herança aos nossos descendentes.
  • Vera
    05 abr, 2016 Palmela 19:20
    Os grandes problemas da humanidade são: o desentendimento, a preguiça e a estupidez. Pelo desentendimento, surgem: guerras, surgem lutas no futebol, surgem homicídios, surgem lutas nas religiões e surgem lutas entre casais. Pela preguiça, surgem: fome (que trabalhem os outros), falta de educação (burrice), doença mental (paranóia de não ser capaz de fazer nada). Pela estupidez, surge: agressão, ignorância, teimosia e austeridade. O mundo podia ser menos cruel, pois podia! mas não pode.
  • António Costa
    05 abr, 2016 Cacém 12:47
    Há muito tempo, depois da terrível tragédia da I Grande Guerra, com milhões de mortes resolveu-se "cortar" nos gastos militares. O resultado foi que 30 anos depois começou outra Grande Guerra. Os avanços da "guerra relâmpago" de Hitler e do Nazismo só foi possível graças às suas táticas e armamento muito mais avançados. Winston Churchill disse na altura, que a melhor forma de evitar-mos a guerra, é o fato de se estar preparado para ela. Ao longo do tempo, com arcos e flechas ou com lanças e espadas. Aviões ou carros de combate sempre houve guerra. Não foi, nem é o "nome das armas" que provocou ou provoca as guerras. Apenas a falta de vontade de viver em Paz, no respeito pelo Outro.
  • Luis
    05 abr, 2016 Lisboa 09:57
    Sobre isso não resta qualquer duvida. Só que duvido que a matar a fome e a acabar com a pobreza a nivel Mundial alguém possa criar grande fortuna. Com a guerra é quase inquantificável o numero de fortunas fabulosas que se criam. Não se ganha dinheiro só a fazer a guerra. Também se ganha tanto ou mais a reconstruir o que a guerra destruiu. As vitimas da guerra quer sejam militares quer sejam civis são apenas numeros. Como é que se pode combater todos aqueles que beneficiam com as guerras é que é a grande questão.
  • Carlos Évora
    05 abr, 2016 Lisboa 09:40
    Pois, e os políticos é que saem incólume disto tudo. Se calhar 5% daquilo que os políticos escondem nos offshores, e, principalmente no caso "Panama Papers" daria para matar a fome e vestir, os pobres para toda a vida. Eu não sou militar, mas, os militares e a politica de Defesa têm costas enormes. Só se lembram que fazem falta, quando se fala do EI, do terrorismos, etc.
  • Diogo
    05 abr, 2016 madalena 09:38
    Concordo aprsar de não estar certo acerca dos números. Mas também não podemos deixar de nos lembrar que são as forças de segurança que mais se preocupam com á paz quer interna/nacional e externa/mundial. Bom dia á todo o mundo.
  • paulo
    05 abr, 2016 vfxira 09:23
    Mas a Hipocrisia,os interesses e a ganancia são tão grandes e aliadas á estupidez.daí.....haver tanta fome no mundo.

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