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"Panama Papers". Marcelo diz que caso “mostra a fragilidade das democracias"

05 abr, 2016 - 14:01

Presidente diz que revelações são "uma má notícia para quem defende a liberdade".

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que o escândalo "Panama Papers" "mostra a fragilidade das democracias", afirmando que aquilo que tem sido divulgado "é uma má notícia para quem defende a liberdade".

No final da visita ao Comando Conjunto para as Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas, em Oeiras, Marcelo foi questionado pelos jornalistas sobre os desenvolvimentos recentes do caso, começando por afirmar que "a democracia e a paz são atingidas de várias maneiras", sendo uma delas "o terrorismo internacional, de perigos de natureza político-militar".

"Mas outra maneira de atingir o prestígio das democracias é pela sua fragilidade, pelo seu enfraquecimento. E aquilo que tem vindo a ser divulgado mostra a fragilidade das democracias", referiu.

Na opinião do Presidente da República, "ser possível haver esquemas que parecem ser esquemas ilegais, à escala mundial e que atingem centros de poder político, económico e social importantes é uma má notícia para quem defende a liberdade, a democracia em termos de comportamento".

"Embora mostre que o papel, por exemplo da comunicação social, pode ser fundamental para denunciar o que está errado e que possa ser uma fragilidade da democracia que nós queremos forte", sublinhou ainda.

O caso "Panama Papers" resulta de uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa). Há 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e actuais líderes mundiais, envolvidos nestes documentos.

A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de actividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas "offshore" em mais de 200 países e territórios.

A partir do "Panama Papers", como já são conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em "offshores" e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.

O semanário "Expresso" e o canal de televisão TVI estão a participar nesta investigação em Portugal.

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  • Albano
    05 abr, 2016 Lubango 22:17
    Por estas e por outras que muita gentinha quis as ditas liberdades que estas democracias proporcionam. Sou europeísta de direita.

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