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Acordo UE/Turquia está a fazer com que as redes se adaptem a outras rotas

07 abr, 2016 - 20:04 • Celso Paiva Sol

Alerta é da portuguesa Cristina Jorge, directora para as Operações da Agência Europeia de Fronteiras.

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O recente acordo entre a União Europeia e a Turquia para a recolocação de refugiados está a ter algum efeito prático, mas a Frontex não acredita que seja por muito tempo. Este foi um dos alertas que Ana Cristina Jorge, directora para as Operações da Agência Europeia de Fronteiras, deixou esta quinta-feira em Lisboa.

“Com o acordo estabelecido com a Turquia já se verificou algum decréscimo no uso desta rota, mas estamos em crer que a pressão se vai manter porque aparecerão rotas alternativas, poderá ser reactivado o uso da rota do sul de Itália”, disse.

Ana Cristina Jorge reconhece que as várias medidas tomadas pela União Europeia nos últimos seis meses não se reflectiram ainda em melhorias concretas.

A inspectora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras diz que as redes de tráfico continuam a aproveitar muito bem o desespero de quem foge da guerra.

“As redes estão fortemente implementadas, extremamente bem organizadas e adaptam-se com alguma facilidade às diversas dificuldades que tentamos implementar, mas o que verificamos é que os custos para os migrantes são bastante elevados”, acrescenta.

Ana Cristina Jorge esteve em Lisboa para se reunir com todas as forças – armadas e de segurança – que têm contribuído para as missões Frontex.

O ano passado foi um ano sem precedentes na entrada de migrantes em situação irregular e de refugiados pelas fronteiras externas da União Europeia e 2016 ameaça ir pelo mesmo caminho.

Comentários
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  • Pinto
    24 abr, 2016 Custoias 15:59
    A Europa está superlotada, nem condições económicas têm para os seus que fará para imigrantes fora da Europa. Quem causou a guerra que suporte os custos para armar essa gente para defenderem o que é deles.
  • joao
    07 abr, 2016 aveiro 21:36
    Mais mortes em mar alto. Para quando o fim desta tragédia? Não adianta tapar o sol com a peneira, os povos oprimidos continuaram a tentar atravessar o oceano nem que para isso construam uma ponte com os próprios ossos dos que já morreram.

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