12 abr, 2016 - 15:01 • Pedro Mesquita
O antigo embaixador no Brasil António Franco manifesta, em entrevista à Renascença, muitas dúvidas de que a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, venha a ser destituída do cargo.
"O resultado do processo de é imprevisível, mas, pelo que ontem aconteceu na Comissão Especial, não espantaria que o 'Impeachment' não viesse a ter vencimento de causa", diz o diplomata, que já foi embaixador de Portugal no Brasil e que foi chefe da Casa Civil do Presidente Jorge Sampaio.
António Franco sublinha que no Brasil assiste-se a um "jogo político feroz para cativar os deputados indecisos ou os que ainda não exprimiram a sua opinião". Estes "serão pouco mais de 120 e deverão estar-lhes a ser prometidos 'mundos e fundos', quer pelos apoiantes de Dilma Rousseff quer pelos defensores da destituição".
"A Comissão Especial aprovou o envio da proposta de destituição para a Câmara dos Deputados”, onde, de acordo com Franco, as contas se complicam.
“Parece que as forças a favor do processo de destituição de Dilma estão em maioria, mas será difícil que dois terços dos deputados se pronunciem pelo afastamento. Só havendo 342 a favor é que o assunto chegará ao Senado, para a decisão final".