12 abr, 2016 - 00:45
A comissão especial da Câmara dos Deputados do Brasil aprovou, esta segunda-feira, o relatório que pede a abertura do processo de “impeachment” (destituição) da Presidente Dilma Rousseff.
O relatório a defender a destituição de Dilma Rousseff foi aprovado com 38 votos a favor e 27 contra.
O documento foi elaborado pelo deputado Jovair Arantes, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)
O processo de destituição de Dilma prossegue. O relatório vai agora ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Dilma Rousseff só será afastada se o "impeachment" receber o apoio de dois terços dos deputados, o que poderá acontecer entre sexta-feira e domingo.
Se pelo menos 342 dos 513 deputados votarem a favor, o processo passa para o Senado brasileiro, onde bastará uma maioria simples para Dilma cair e ser substituída pelo vice-presidente Michel Temer, do partido PMDB.
O texto aprovado esta terça-feira, pela 01h00 da manhã (hora de Lisboa) na comissão especial de "impeachment" recomenda a continuidade do processo contra a chefe de Estado, alegando que ela deve ser processada porque há indícios de que cometeu crime de responsabilidade.
Dilma Rousseff é acusada de promover as chamadas "pedaladas fiscais" (atraso nas transferências de dinheiro devido pelo Governo aos bancos para melhorar as contas públicas) e de assinar seis decretos que autorizaram despesas extras sem aprovação do Congresso.