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UNICEF. Há cada vez mais crianças usadas nos ataques suicidas em África

12 abr, 2016 - 08:03 • Ricardo Conceição

As contas do terror são simples de entender: em 2014, o Boko Haram usou quatro crianças em atentados suicidas. Em 2015, foram 44. Relatório dá conta de um agravamento dos abusos.

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Aumentou dez vezes o número de crianças usadas em ataques suicidas em países como a Nigéria, Camarões, Chade e o Níger. Os números são revelados esta terça-feira pela UNICEF, que apresenta um culpado: o grupo terrorista Boko Haram, que actua nessa região africana.

As contas do terror são simples de entender: em 2014, o Boko Haram usou quatro crianças em atentados suicida. Em 2015, foram 44.

No relatório que assinala os dois anos do rapto de mais de 200 raparigas em Chibok, a organização dá conta de um agravamento dos abusos.

Nos últimos dois anos, praticamente um em cada cinco atentados suicidas foram levados a cabo por crianças, e em três quartos dos casos foram utilizadas raparigas.

Cerca de um milhão e 300 mil crianças tiveram de fugir ao Boko Haram na Nigéria, Camarões, Chade e Níger, onde 1.800 escolas foram destruídas. A acção deste grupo radical impede mais de um milhão de crianças de ir à escola, referiu a organização noutro comunicado, sublinhando que a falta de educação vai alimentar ainda mais o radicalismo na Nigéria e nos países vizinhos.

Actualmente, existem cinco mil crianças não acompanhadas ou separadas dos pais.

Mas há mais variáveis neste problema. As crianças que fugiram ou que foram libertadas por grupos armados ligados ao Boko Harem são vistas como potenciais ameaças à segurança pelas próprias comunidades de origem, e as crianças que nascem fruto da violência sexual são também vítimas de discriminação nestas comunidades.

Neste relatório, a UNICEF faz as contas ao dinheiro que precisa para continuar no terreno a fornecer, água, educação e cuidados de saúde. Dos cerca de 90 milhões de euros que são necessários, a organização das Nações Unidas tem apenas 11%.

A acção do Boko Haram e subsequente repressão por parte das forças de segurança causaram 17 mil mortos e 2,6 milhões de deslocados desde 2009.

Comentários
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  • R.Mendes
    12 abr, 2016 Lisboa 11:05
    Será que alguém está interessado nisso?
  • Ora aí está!
    12 abr, 2016 poisé! 10:46
    Enquanto não se fizer nada para se acabar com estas crenças e costumes medievais absurdos destes árabes e africanos, as grandes vitimas serão sempre as crianças e mulheres. É impressionante ver como os países democráticos e defensores da liberdade lidam com isto. Quando se permite num país europeu que mulheres andem de burka, quando isto é toda a negação à liberdade da mulher, como também a forma de escraviza-la ao poder do machismo. Quando se permite as mesquitas, quando se sabe que estas muitas vezes só servem para fazer lavagem cerebral e que em vez de pregar a paz e o amor, promove o ódio, então quer dizer que os países ditos democráticos compactuam com as mesmas ideologias deles. Então faz algum sentido se acabar com a carne de porco em escolas só para não ofender os muslims ??? Depois aquele ato absurdo, em Itália, tapar estátuas dos nus para não ofender o presidente do irão. Como é possível tanta falta de senso mesmo por aqueles que se dizem democráticos, o mais provável é que não sejam e fingem. Depois é uma solidariedade por estes que fogem, mas depois o que acontece é que eles são bem acolhidos, mas querem depois impor a sua religião e costumes, e os parvos dos países de acolhimento aceitam, quando nos seus países perseguem os cristãos e destroem igrejas. É assim que se quer acabar com estas práticas e promover a paz e igualdade??? Quanto à comunicação social, concordo plenamente com Jose Cortes.
  • Jose Cortes
    12 abr, 2016 planeta Terra 09:30
    Bom dia. Isto só é notícia por serem atentados terroristas. Ó srs jornalistas, façam uma reportagem diária com as crianças que morrem em zonas de conflitos de guerra ou de fome. Quantas morrem nessas duas condições por dia? Sabem? Ou só sabem das 44 em ataques suicidas? Quem vos mandou publicar isto e ocultar o resto da verdade que nos dói a todos? Para isso não há espaço na vossa rádio? Hipocrisia no seu melhor! Coitadas das crianças que não pedem nada disto quando nascem.

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