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Obama: “A única forma de vencer o Estado Islâmico é acabar com a guerra na Síria"

14 abr, 2016 - 08:05

Mais de um ano e meio depois do primeiro ataque contra o EI, o grupo terrorista controla menos território, realça Obama, que pondera aumentar as forças norte-americanas no terreno.

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O Presidente norte-americano defendeu que a única forma de acabar com o grupo extremista Estado Islâmico é pôr termo à guerra civil na Síria, onde houve "repetidas violações" do cessar-fogo pelo regime de Bashar al-Assad.

Barack Obama deslocou-se na quarta-feira à sede, em Langley (Virginia), da Agência Central de Informação (CIA) para se actualizar em relação aos esforços na luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque.

"A única maneira de realmente vencer o Estado Islâmico é acabar com a guerra civil síria que o EI tem explorado. Continuamos a trabalhar por uma solução diplomática para este horrível conflito", realçou.

A intervenção de Obama coincidiu com o início, esta quarta-feira, de uma nova ronda de negociações em Genebra entre o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, e a oposição, num momento em que decorrem eleições legislativas no país árabe, cuja legitimidade foi colocada em causa por Washington.

Para Obama, desde que entrou em vigor, a 27 de Fevereiro, um cessar-fogo entre o Governo sírio e os grupos armados da oposição, a violência diminuiu mas "não foi eliminada", apesar de ter permitido que organizações humanitárias prestassem assistência ao povo sírio.

"Temos assistido a contínuas violações do regime de Assad", frisou Obama, que também fez referência a ataques de extremistas da Frente al-Nusra, ramo da Al-Qaeda na Síria.

Obama garantiu que a ofensiva dos Estados Unidos contra o EI na Síria e no Iraque atravessa um bom momento, com ataques à estrutura financeira do grupo terrorista, e com ofensivas para acabar com a capacidade de se financiar a partir do tráfico de petróleo.

Mais de um ano e meio depois do primeiro ataque contra o EI, o grupo terrorista controla menos território, realçou Obama, dando conta de que os Estados Unidos lançaram mais de 11.500 raides aéreos.

Apesar dos progressos, o secretário da Defesa, Ash Carter, afirmou recentemente que o Pentágono está a avaliar a possibilidade de aumentar o seu apoio, o que poderia incluir um aumento das forças no terreno, a par com o envio de material militar para os iraquianos, segundo meios de comunicação locais.

Em Novembro, Obama autorizou o destacamento de tropas (50 membros das forças especiais) na guerra civil síria, algo que recusava há anos.

O Presidente norte-americano viaja para Riade na próxima semana para participar, a 21 de Abril, na cimeira do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), do qual fazem parte Bahrein, Kuwait, Omã, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Comentários
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  • Joaquim Canas
    14 abr, 2016 EUA/USA 23:12
    Concordo plenamente com o comentário do António Costa, que continua a ver as situações mundiais como são. Hoje em dia neste país (EUA), há uma crescente vaga (forte!) de pessoas a se aperceberem a verdadeira realidade delineada no comentário. Há muitos (e reitero “muitos!”) cidadãos por aqui que já estão a ficar sem paciência para os erros contínuos desta administração no domínio da política externa no Médio Oriente. Portanto, há tantas pessoas que estão a rezar por uma nova liderança temperada pela sabedoria. Isso requer que todos nós vivamos em esperança e fé!
  • fields
    14 abr, 2016 lx 17:35
    Correção! O TERRORISMO acaba quando os americanos deixarem de o financiar e de lhes vender armas. Os pais da criança são os americanos toda a gente sabe mas ninguém fala disso. Agora até já fazem relatórios a criticar os outros países, por causa dos direitos humanos e etc., vejam só onde chega a hipocrisia.
  • António Costa
    14 abr, 2016 Cacém 10:33
    Sr. Presidente Obama é um problema de nome? Se se chamar Abu Sayyaf, Al-Shabaab ou Boko Haram já não faz mal? É um problema de "carimbo"? Se os grupos de guerrilha sunitas, mudarem o nome da coligação temporária chamado "Estado Islâmico" é uma grande vitória? Sabe mesmo, mesmo, qual é o problema? Enquanto continuarem a ter como "aliados e amigos" a Arábia saudita e a Turquia. A dar treino e armas a grupos "moderados ontem" e membros ativos da "Frente al-Nusra hoje", não se vai a lado nenhum. A luta não é contra o "terrorismo" é contra pessoas. Pessoas que têm uma Ideologia. Ideologia essa que utiliza o terrorismo como arma, para subverter a Democracia e a Liberdade da sociedade que criamos e em que vivemos!
  • TUGA
    14 abr, 2016 lISBOA 09:13
    QUEM COMEÇOU A GUERRA NA SÍRIA FOI A AMÉRICA E OS SEUS LACAIOS EUROPEUS AO TREINAREM E FINANCIAREM OS GRUPOS A QUE CHAMAM "OPOSIÇÃO AO REGIME SÍRIO""!!! O MUNDO ESTÁ ESQUECIDO????? CAMBADA DE HIPOCRITAS!!!!!!!!!!!

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