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“Panama Papers" fazem baixa no Governo espanhol

15 abr, 2016 - 08:32

Investigação mostrou como José Manuel Soria estava envolvido com empresas com contas em paraísos fiscais.

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O ministro da Indústria, Energia e Turismo, José Manuel Soria, apresentou a demissão depois de se conhecer a sua relação com uma empresa num paraíso fiscal. O político também vai abandonar os cargos de deputado e de presidente do Partido Popular na região das Canárias.

O nome de Soria - e de membros da sua família - apareceu associado a empresas "off-shore" listadas nos "Papéis do Panamá" no início da semana.

O ministro deu explicações contraditórias nos últimos dias, primeiro desmentindo a informação e depois afirmando que não se lembrava de ter assinado os documentos que a imprensa sucessivamente ia divulgando.

Na quinta-feira surgiu um último documento que mostrava que Soria foi responsável por uma outra 'offshore' nas Ilhas Jersey, algo que este também tinha negado inicialmente.

Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o governante explica que a sua renúncia à actividade política acontece "à luz da sucessão de erros cometidos ao longo dos últimos dias na explicação das [suas] actividades empresariais anteriores à [sua] entrada na política em 1995".

Soria considera que esses erros se deveram à "falta de informação precisa sobre factos que ocorreram há mais de 20 anos" e "sem prejuízo de que tais actividades empresariais tenham tido vínculo algum com o exercício das responsabilidades políticas".

Para o ex-ministro, a presença no Governo e no PP estaria a causar "um dano evidente" ao executivo, ao seu partido, aos seus camaradas de militância e aos votantes "populares".

O “Süddeutsche Zeitung”, o segundo jornal mais vendido na Alemanha, foi o ponto de partida para a revelação dos “Panama Papers”. Recebeu de um informador mais de 11 milhões de documentos procedentes do escritório Mossack Fonseca, que colocam em evidência os segredos financeiros de ricos e poderosos de todo o mundo.

O jornal liberal compartilhou esta informação com o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ), que reúne vários meios de comunicação internacionais.


Comentários
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  • RCAVictor
    15 abr, 2016 Lx 11:37
    Onde está a lista dos portugueses, especialmente politicos ? Os 'media' não questionam ? Será assim tão grave e abrangente que o melhor é ver se passa e esquece ...?
  • Tiago
    15 abr, 2016 Porto 10:24
    Está visto que há corruptos dos diferentes espectros políticos! Não é só a direita, também se encontrou papéis com de pessoas de esquerda ligadas ao presidente russo!
  • JP
    15 abr, 2016 Lisboa 09:58
    Até agora em Portugal só gente irrelevante e sem poder no estado. O mais importante segundo o jornalismo independente foi um senhor ex presidente de um clube.
  • ernesto castro
    15 abr, 2016 esmoriz 09:28
    A esquerda metida nisto como o varofakis as palestras pagas por offshore
  • maria
    15 abr, 2016 Lx 09:13
    A Direita do mundo toda envolvida nisto. Pensem nisto quando votam.
  • SErgio
    15 abr, 2016 Lisbo 09:12
    "Vitima"....

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