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Dilma alerta que "golpistas" querem cortar direitos e programas sociais

16 abr, 2016 - 10:37

Presidente brasileira divulga vídeo na véspera da Câmara dos Deputados votar a sua destituição.

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A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, alertou, num vídeo publicado hoje nas redes sociais que os "golpistas" que querem tirá-la da Presidência desejam revogar direitos e cortar programas sociais e na educação.

"O Brasil e a democracia não merecem tamanha farsa (...). Peço a todos os brasileiros que não se deixem enganar. Vejam quem está liderando este processo e o que propõem para o futuro do Brasil", advertiu.

A Presidente avisou que "os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder será necessário impor sacrifícios à população brasileira", acrescentando que eles querem "revogar direitos e cortar programas sociais, como o Bolsa Família".

Segundo a Presidente, o grupo ameaça ainda a educação pública, ao querer "abrir mão da soberania nacional mudando o regime de partilha" do pré-sal e entregando-o "às multinacionais estrangeiras".

Caso o 'impeachment' seja aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado, o vice-presidente, Michel Temer, assumirá temporariamente a Presidência.

"O que está em jogo na votação do 'impeachment' não é apenas o meu mandato, que pretendo defender e honrar até o último dia conforme estabelecido na Constituição. O que está em jogo é o respeito à vontade soberana do povo brasileiro, o respeito às urnas", disse.

O que está em jogo, continuou, "são as conquistas sociais e os direitos dos brasileiros".

"Desde que fui eleita, parte da oposição, inconformada, pediu a recontagem dos votos, tentou anular a eleição e passou a conspirar pelo 'impeachment'", referiu.

Na sua mensagem, Dilma Rousseff acusou os derrotados de terem mergulhado o país "num estado permanente de instabilidade politica" e de terem impedido a recuperação da economia, com o objectivo de "tomar à força o que não conquistaram nas urnas".

A chefe de Estado brasileira sublinhou que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, acusação que está na base do pedido de destituição.

Em causa estão as chamadas "pedaladas fiscais", atos ilegais resultantes da autorização de adiantamentos de verbas de bancos para os cofres do Governo para melhorar o resultado das contas públicas.

"Acusam-me sem nenhuma base legal", vincou, frisando que não há contra si "qualquer denúncia de corrupção ou desvio de dinheiro público", que o seu nome "não está em nenhuma lista de subornos" e que nem é "suspeita de qualquer delito contra o bem comum".

Para Dilma Rousseff, a denúncia na base do pedido de 'impeachment' no Congresso "não passa de uma fraude, a maior fraude jurídica e política da história do nosso país".

"A história registará a voz dos que não se omitiram neste grave momento (...) Somos os guardiões dos valores que fazem do Brasil esta grande nação", reforçou Dilma Rousseff.

Na mensagem, a Presidente referiu ainda que a palavra golpe estará estampada na testa dos deputados que votarem a favor do pedido de 'impeachment' no domingo.

O vídeo foi gravado numa altura em que o Governo luta para obter os votos necessários para barrar o pedido de destituição na Câmara dos Deputados.

Inicialmente, o vídeo estava previsto para ser apresentado nas televisões e rádios, mas entretanto o governo mudou de ideias e decidiu divulgá-lo nas redes sociais.

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