18 abr, 2016 - 21:42
A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirma que o processo de destituição de que é alvo não tem qualquer base legal, apesar de ter sido aprovado na Câmara dos Deputados.
Numa declaração ao país, Dilma Rousseff nega que tenha cometido qualquer crime de responsabilidade como alega o processo de "impeachment" e diz que se sente "injustiçada".
"Há uma violência no Brasil contra a verdade, a democracia e o Estado democrático de Direito", afirma.
A Presidente considera que está a ser vítima de um "golpe de Estado" da oposição, que utiliza o processo democrático para tentar conseguir a vitória que não obteve nas eleições.
“Não se pode chamar de 'impeachment' uma tentativa de eleição indirecta. Os que querem aceder ao poder não têm votos para tal", sublinha Dilma, que acusa o vice-presidente, Michel Temer, de "conspirar" contra si.
“Eu tenho animo força e coragem para enfrentar, apesar de um sentimento de muita tristeza, essa injustiça. Não me vou deixar abater, não me vou deixar paralisar por isso, vou continuar a lutar como fiz em toda a minha vida“, avisa a Presidente brasileira.
Dilma vai continuar a lutar e espera ter a oportunidade de se defender no Senado e travar o processo de destituição.
“Não começou o fim. Estamos no início da luta, que será
longa e demorada. Não é exclusivamente uma luta que envolve o meu mandato. Não
é por mim, mas pelos 54 milhões de votos que eu tive, luta de todos os
brasileiros, luta pela democracia”, declarou a Presidente.