20 abr, 2016 - 17:50
O naufrágio no Mediterrâneo que matou 500 migrantes ocorreu quando duas embarcações com refugiados se encontraram no mar para fazer o transbordo de pessoas da mais pequena para a maior, que não aguentou a carga, disse fonte oficial.
Segundo Carlotta Sami, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para a Europa do Sul, com base em Roma, a informação foi avançada pelos 41 sobreviventes do incidente ocorrido sexta-feira passada, resgatados sábado e desembarcados domingo, já em segurança, em Kalamata (Grécia).
O grupo de sobrevivente - 41 pessoas oriundas da Somália, Sudão e Etiópia (37 homens, três mulheres e uma criança de três anos) - estava integrado numa frágil embarcação que partiu de Tobruk (leste da Líbia) e que transportava entre 100 a 200 pessoas, indicou Carlotta Sami, citando depoimentos dos sobreviventes.
Já em pleno mar, a embarcação juntou-se a outra, aparentemente maior, já repleta de migrantes. Ao proceder-se ao transbordo dos migrantes da embarcação menor para a maior, esta não suportou o peso e acabou por adornar e afundar-se com cerca de 500 pessoas.
Grande parte dos sobreviventes estava na embarcação mais pequena e não chegou a embarcar na maior, indicou Carlotta Sami, acrescentando que os que permaneceram no barco menor ainda conseguiram ajudar alguns migrantes que estavam dentro de água.