22 abr, 2016 - 17:13
Os brasileiros conseguiram vencer uma ditadura e não vão permitir um “retrocesso”, declarou Dilma Rousseff, esta sexta-feira, nas Nações Unidas.
Alvo de um processo de destituição, Dilma Rousseff acredita que o Brasil conseguirá ultrapassar o actual momento político, que definiu como “grave”.
Ao contrário do que tem feito, nestas declarações na ONU durante a assinatura do acordo de Paris sobre alterações climáticas, a Presidente brasileira não falou em “golpe”.
Destacou que os brasileiros ultrapassaram uma ditadura militar e conseguiram erguer uma “democracia vibrante” que vai prevalecer.
A Câmara dos Deputados aprovou, no passado domingo, a destituição de Dilma Rousseff. Para o processo estar concluído, falta ainda o aval do Senado, em Maio.
Com a ida de Dilma às Nações Unidas, o vice-presidente Michel Temer assumiu os comandos do país, como está previsto na Constituição.
Temer é acusado por Dilma de ser o líder do “golpe”. Numa entrevista recente, o “vice” criticou a Presidente por ir à ONU procurar apoio externo.
Segundo Michel Temer, a Presidente está a prejudicar a imagem do Brasil, numa altura em que o país precisa de investimento estrangeiro para sair da recessão.