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Visita do PR a Moçambique

Mesmo com o líder escondido, Renamo vai falar com Marcelo

02 mai, 2016 - 17:41 • José Carlos Silva

Maior partido da oposição quer aproveitar reunião com o PR português para procurar “mecanismos para aliviar o sofrimento da população moçambicana”. Em Roma, Marcelo ouviu a Comunidade de Santo Egidio, que mediou o processo que pôs fim à guerra civil em Moçambique.

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Mesmo sem a presença do líder Afonso Dhlakama, a Renamo vai manter contactos com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que inicia esta terça-feira uma visita de quatro dias a Moçambique, disse o maior partido da oposição à Renascença.

“Sei que há um trabalho nesse sentido. Normalmente, quando os chefes de estado chegam ao nosso país, costumam reunir-se com os principais partidos com representação parlamentar”, diz, em entrevista telefónica à Renascença, o porta-voz da Renamo, António Muchanga.

A Renamo - Resistência Nacional Moçambicana estará representada na reunião com Marcelo Rebelo de Sousa ao mais alto nível, embora sem a presença de Afonso Dhlakama, que se escondeu no norte do país, depois de emboscadas à sua comitiva e do cerco e invasão pela polícia à sua casa na cidade da Beira, a 9 de Outubro de 2015.

“É previsível que estejam pessoas de alto nível, com mandato especial de Afonso Djakama, para poderem dialogar e trocar impressões com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa”, afirma António Muchanga.

Um triângulo pela paz

As divergências entre Renamo e Frelimo, o partido no poder, deverão estar em cima da mesa. A Renamo propôs, no final do ano passado, que a União Europeia, a África do Sul e a a Igreja Católica medeiem o processo. Uma das instituições-chave da Igreja para processos de paz é a Comunidade de Santo Egídio, que esta segunda-feira, em Roma, transmitiu a Marcelo a sua visão do terreno. Esta comunidade mediou o processo que pôs fim à guerra civil em Moçambique, em 1992.

A Renamo vai pedir a Marcelo que ajude a pacificar o quadro político em Moçambique. “Se as coisas estão paradas é porque não houve boa vontade pelo lado do governo. A Renamo está disposta a colaborar desde que seja uma mediação credível feita no âmbito das três instituições que acabei de indicar”, afirma.

Muchanga não adianta o que a Renamo irá dizer ao Presidente português. “Não posso adiantar. Vamos dar-lhe os parabéns pela sua eleição e apelar para que faça tudo ao seu alcance para ajudar os dois países a caminhar de mãos dadas e que encontrem mecanismos para aliviar o sofrimento da população moçambicana.”

Comentários
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  • Zécamurça
    04 mai, 2016 Oliveiras de Azeitao 09:57
    Inacreditável. Darem voz a este homem, que não merece a nossa credibilidade. Incrível a Rádio Nascença apostar em quem não. Esse tal José Carlos Silva devia ser irradiado da rádio. Perceberam? Irradiado/rádio. Só para rimar. Abraço ao Rodrigues.

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