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Secretário-geral da ONU em Portugal. Ban Ki-moon pede Europa mais solidária com a Síria

12 mai, 2016 - 21:27

Num encontro com jovens sírios a estudar em Portugal, o diplomata sul-coreano pediu-lhes que "nunca desesperem".

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A situação humanitária na Síria é insustentável e os líderes europeus devem ser mais solidários, defendeu esta quinta-feira, em Lisboa, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

"Esta crise humanitária alcançou uma situação insustentável. Tenho pedido a todos os líderes mundiais que nos dêem forte apoio e compromisso político", disse o responsável da Organização das Nações Unidas (ONU), durante um encontro com cerca de 70 estudantes sírios que se encontram a estudar em Portugal.

"Toda a comunidade internacional deve dar-vos apoio. É uma questão de solidariedade, de compaixão, de liderança global. Tenho pedido a todos os líderes europeus: por favor mostrem a vossa compaixão, a vossa solidariedade. Não é uma crise de números, é uma crise de solidariedade", defendeu.

Ban Ki-moon afirmou que há 16 milhões de refugiados e migrantes, em todo o mundo, o "maior número" desde a Segunda Guerra Mundial, e 4,5 milhões são sírios.

"Vivemos numa situação muito difícil. A crise na Síria é a mais séria a que temos de responder, o mais depressa possível", sustentou, afirmando que a educação, salvar vidas e dar resposta às necessidades básicas diárias das pessoas são prioridades máximas.

Ban Ki-moon deixou uma mensagem de esperança: "Se nos unirmos, se nos mostrarmos solidários, penso que podemos resolver isto".

Dirigindo-se aos jovens sírios, o secretário-geral da ONU recordou que, quando tinha seis anos, também viveu uma situação de guerra - que viria a dividir a Coreia em dois países. Na altura, as Nações Unidas proporcionaram "muito apoio".

“Eu ainda tenho essa memória e digo: nunca desesperem. Eu estou aqui, tal como as Nações Unidas estiveram comigo. As Nações Unidas também estarão sempre convosco para ajudar", garantiu.

Durante o encontro, Ban Ki-moon ouviu relatos de jovens sírios sobre as suas experiências e aspirações.

Em comum, os jovens transmitiram o desejo de regressar à Síria e encontrar paz, estabilidade, liberdade e democracia, mas também exprimiram o sonho de que mais crianças e jovens possam ter a possibilidade de prosseguir os estudos.

"O nosso sonho é tão simples. Ter um país onde possamos viver livremente e possamos escolher o que queremos, uma democracia. Não queremos um país onde vivemos com medo, todos os dias, de morrer por bombardeamentos, nas escolas ou hospitais, onde é suposto sermos tratados", disse uma jovem.

Outro rapaz confessou ter saudades da família e dos amigos que deixou na Síria e também daqueles que morreram por causa do conflito. Mas, acrescentou: "Não tenho saudades de ser reprimido, preso ou que a minha liberdade me seja retirada". .

Vários colocaram a tónica na importância de as mulheres voltarem a ter maior participação na sociedade e acesso à educação.

"Se educar um homem, educa-se uma pessoa. Mas se educar uma mulher, educa-se uma nação", destacou outro jovem.

A Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios, uma iniciativa lançada pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio, já atribuiu bolsas a 150 estudantes sírios, que estão espalhados por dez países, a maioria está em Portugal.

Ban Ki-moon realiza uma visita de dois dias a Portugal, a convite do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem se encontra na sexta-feira.

Comentários
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  • 13 mai, 2016 lisboa 09:28
    isto até mete nojo, isto é uma traição à nossa cultura uma traição à nossa identidade, isto envergonha-me ver esta gente preocupada com os outros num país com dois milhões de pobres, crianças com fome, mais de meio milhão de desempregados, um milhão de pessoas à beira da miséria extrema palhaçada, o povo consente isto??? estão a islamizar o país deixando uma pesada herança às gerações futuras o tempo dirá, como diz hoje dessa gente que nos invadiu que sustentamos com subsídios nos bairros sociais espalhando terror e violência até esquadras assaltam não respeitam nada nem ninguém , na altura quem previa isto era racista, hoje o resultado está à vistas!!! enoja-me ter nascido em portugal e ter gente desta.
  • Pinto
    12 mai, 2016 Custoias 22:33
    Eu acho que a Europa devia ser mais solidária com Portugal. Já viram os salários dos portugueses com profissões especializadas a ganhar o salário mínimo nacional ...530.00€ ? Os empregos em Portugal só existem se o governo pagar o salário aos empresários, isto é dizer que portugueses precisam de ajuda para expulsarem os caloteiros e vigaristas que se apoderaram deste país.
  • Moita,Neves
    12 mai, 2016 Moita 22:10
    Inteiramente de acordo.Mas...e os povos arabes?...e os povos mais ricos como a América do Norte,Canadá ,Austrália,Japáo ,estes entre outros. É só a Europa?É um drama total para a Humanidade deixar morrer ou colocar em campo de refugiados tanta gente que só quer viver. Tradução google Entirely acordo.Mas ... and the Arab people? ... And the richest people such as North America, Canada, Australia, Japan, are among others. It is only Europe? It is a total drama for Humanity let die or put in refugee camps so many people who just want to live. Google translation
  • joão
    12 mai, 2016 Lisboa 21:58
    olha quem são os fulanos! Mais uns inúteis em passeatas, banquetes, ordenaos milionários , tudo à conta!

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