15 mai, 2016 - 23:06
O autoproclamado Estado Islâmico (EI) não tem avançado no terreno desde que conquistou, há um ano, a cidade iraquiana de Ramadi – que entretanto perdeu em Dezembro. A informação é avançada à agência Reuters por fonte oficial norte-americana.
A força do grupo terrorista “está a diminuir e, por isso, estão muito mais na defensiva”, refere Brett McGurk, responsável da administração Obama pelo combate contra o Estado Islâmico.
Na opinião de McGurk, “o perverso califado” do grupo terrorista “está a encolher” e a batalha ideológica virou-se contra os extremistas, com o envolvimento de empresas como o Facebook e o YouTube, e dos governos da Jordânia, da Malásia e dos Emirados Árabes Unidos.
“Por cada twitt pró-ISIS, há agora seis contra, denunciando mentiras e a contra-informação utilizada”, afirmou McGurk numa conferência de imprensa.
No início do ano, as autoridades norte-americanas anunciaram estar a desenvolver operações cibernéticas contra o grupo, com o objectivo de evitar que os terroristas utilizem a internet e os meios de comunicação social para distribuir propaganda e inspirar eventuais futuros membros.
Nas suas declarações, este domingo, McGurk destacou o exemplo da Jordânia no que chamou “estratégia sustentável” de Washington para impedir que o Estado Islâmico crie raízes locais ou regionais.
Ainda assim, o grupo terrorista ainda controla Mosul, no Iraque, e Raqqa, na Síria, países onde o Presidente Barack Obama decidiu reforçar o número de forças especiais e de operações militares nas próximas semanas.
Em resposta, os fundamentalistas do Estado Islâmico intensificam os ataques para pressionar o governo iraquiano. Na semana passada, morreram mais de 100 pessoas num atentado e este domingo, um ataque a uma unidade de gás natural, a norte de Bagdad, matou 14 pessoas.
Se na Síria e no Iraque, o Estado Islâmico parece perder terreno, em países como a Líbia, o fundamentalismo mostra sinais de crescimento.