Autoridades francesas interrogam único terrorista sobrevivente dos atentados de Paris

Salah Abdeslam, o único sobrevivente do comando extremista que perpetrou os atentados de Paris de Novembro de 2015 onde morreram 130 pessoas, vai ser interrogado esta sexta-feira pela primeira vez por investigadores franceses.

Durante meses, Abdeslam foi o fugitivo mais procurado da Europa, até ser encontrado e detido a 18 de Março, no bairro de Molenbeek, em Bruxelas, sendo depois transferido para a prisão de Fleury-Merogis, em França.

Amigo de infância de Abdelhamid Abaaoud, que se acredita ser o líder do grupo, Abdeslam é tido como essencial nos ataques de 13 de Novembro e na sua preparação.

Outras duas pessoas foram detidas em França por ligação aos ataques mas são considerados participantes secundários.

Abdeslam, de 26 anos, transportou os três bombistas suicidas que se fizeram explodir no exterior do Estádio de França no norte de Paris.

De acordo com informação recolhida através do telemóvel, as autoridades acreditam que o jovem terá desistido do seu suicídio, tese que ganha força depois de ter sido encontrado um colete de explosivos num bairro de Paris onde Abdeslam terá estado na noite dos ataques.

Acredita-se também que tenha transportado outros extremistas pela Europa meses antes, incluindo Najim Laachraoui, suspeito de ter fabricado a bomba dos ataques de Novembro e que morreu no ataque suicida de Bruxelas, a 22 de Março.

Nove jihadistas dividiram-se em três grupos e atacaram a 13 de Novembro um estádio desportivo, vários cafés e uma sala de concertos. O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou os atentados em Paris, que causaram 130 mortos, 90 das quais no Bataclan, e mais de 350 feridos.