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Afeganistão confirma morte de Mansour. Haqqani pode ser próximo líder dos talibã

22 mai, 2016 - 13:27

Sirajuddin Haqqani tem reputação de ser implacável. Filho de um dos líderes da guerrilha anti-soviética – e aliado de Washington – passou os últimos meses a tentar unir o grupo jihadista.

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Os serviços secretos do Afeganistão confirmam que o mullah Akhtar Mansur, chefe dos talibãs afegãos, foi morto num ataque aéreo.

O ataque foi efectuado com drones das forças especiais norte-americanas numa zona remota na fronteira do Afeganistão com o Paquistão.

Mansur tinha assumido oficialmente a liderança dos talibãs afegãos em Julho de 2015, tendo sucedido ao mullah Omar.

Com a morte de Mansour, abre-se agora uma guerra pela sucessão, sendo que um dos mais bem colocados é, paradoxalmente, filho de um antigo aliado de Washington.

Sirajuddin Haqqani lidera a chamada “rede Haqqani” que integrou os Taliban há relativamente pouco tempo, mas já tem fama de ser implacável nos seus métodos, tendo introduzido a prática dos atentados suicidas no país e orquestrado muitos dos mais sangrentos atentados do passado recente no país.

Sirajuddin é filho de Jalaluddin Haqqani, um dos líderes da insurreição afegã contra os invasores soviéticos, nos anos 80. Jalaluddin era um aliado da Administração americana, chegando a ser caracterizado como “a personificação da bondade” por um congressista e tendo visitado a Casa Branca a convite de Ronald Reagan.

Não é certo que Haqqani seja escolhido para sucessor de Mansour, mas um dos seus trunfos é o facto de ter passado os últimos tempos precisamente a tentar unir as diferentes facções do grupo, que se dividiu durante a chefia do agora falecido líder.

Porém, apesar de ser muito popular e influente em algumas partes do Afeganistão, faltam apoios a Haqqani em Kandahar, considerado o berço dos Taliban, o que pode dificultar uma eventual tentativa de subir ao poder.

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