23 mai, 2016 - 23:31
O engarrafamento do refrigerante Coca-Cola foi suspenso na Venezuela devido à falta de açúcar, em mais um sintoma da grave crise que assola o país.
“Os nossos fornecedores na Venezuela informaram-nos que vão, temporariamente, parar a actividade devido à falta de matéria-prima”, explica a porta-voz da multinacional norte-americana, Kerry Tressler.
A produção de bebidas com açúcar foi suspensa. A partir de agora, só vão sair da fábrica bebidas de dieta, sem adição de açúcar.
Este é apenas mais um sintoma da grave crise que assola a Venezuela. O país liderado pelo cada vez mais contestado Presidente Nicolas Maduro, cuja economia é altamente dependente da exportação de petróleo, regista a inflação mais elevada do mundo.
A Venezuela enfrenta grandes dificuldades económicas: as suas receitas reduziram-se em 70%, tem a inflação mais alta do mundo e uma grave escassez de produtos básicos (comida e medicamentos), tendo também sido decretado um racionamento eléctrico.
A combinação das diferentes crises levou a uma escalada da tensão, que por vezes tem gerado múltiplos confrontos nas ruas, saques a lojas e roubos.
Maduro decidiu renovar por um ano o "estado de emergência económica" que havia sido inicialmente decretado por um período de 120 dias.