16 jun, 2016 - 12:04
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As autoridades italianas receberam cerca de 19 mil migrantes ilegais apenas no mês de Maio, segundo dados revelados esta quinta-feira pela Frontex, a agência europeia que faz a gestão das fronteiras externas dos Estados-membros.
Embora o número de pessoas a chegar à Europa nos primeiros meses de 2016 ser mais ou menos equivalente ao período homólogo de 2015, a quantidade de migrantes e refugiados detectados em Maio foi quase o dobro do que foi registado em Abril deste ano.
Segundo a Frontex, há cada vez menos pessoas a chegar às ilhas gregas a partir da Turquia, o que se deve sobretudo ao acordo celebrado entre a Turquia e a União Europeia e ao aperto dos controlos fronteiriços por parte da Macedónia.
Contudo, os traficantes encontraram novas soluções e tem-se registado um aumento de partidas do Egipto para tentar chegar à Europa. O acalmar da situação na Grécia permite deslocar meios para o Mediterrâneo Central, que continua sob pressão.
As condições em que são feitas as viagens continuam a ser a maior ameaça à vida dos migrantes e refugiados, com muitos dos navios em mau estado a naufragar pouco depois de partir. Numa única semana, em Maio, as equipas da Frontex salvaram 13 mil migrantes do mar, diz o comunicado. Muitos outros morreram afogados. Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), mais de 10 mil morreram no Mediterrâneo ao tentarem alcançar a Europa desde 2014.
Perante a situação, esta agência pede aos Estados europeus que contribuam com mais navios para as operações de patrulha e resgate.
De acordo com o último balanço do ACNUR, desde o início do ano e até 5 de Junho chegaram à Europa por mar - à Grécia, a Chipre e a Espanha - 206.400 migrantes.