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Presidente do Parlamento Europeu vai iniciar negociações para a saída do Reino Unido

24 jun, 2016 - 09:02

Martin Schulz está convencido de que o “Brexit” não vai resultar na saída de outros países da União Europeia.

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O presidente do Parlamento Europeu (PE), Martin Schulz, anunciou que vai iniciar as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia, após o referendo de quinta-feira, em que esta opção foi a mais votada.

“Uma situação de incerteza durante anos não é do interesse de qualquer das partes”, disse Schulz, em declarações ao programa da manhã da televisão pública alemã ZDF.

O presidente do Parlamento Europeu salientou que a União Europeia “vai negociar a sério com o Reino Unido, que, no futuro, será tratado como ‘terceiro país”.

“Respeitamos o resultado, o Reino Unido decidiu sair”, frisou.

Martin Schulz considerou que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, é parcialmente responsável pela derrota dos partidários que defendiam a permanência na União Europeia, acrescentando que o chefe do Governo britânico assume "uma grande responsabilidade".

Questionado sobre se a decisão do “Brexit” vai realmente ser aplicada, Schulz disse que “não se pode consultar as pessoas e depois dizer que o resultado não interessa”.

O presidente do PE disse ainda estar convencido de que o “Brexit” não vai resultar na saída de outros países da União Europeia. “Haverá uma reacção em cadeia", disse Schulz, acrescentando: "Eu não acho que outros países serão incentivados a empreender por este caminho perigoso".

Na próxima terça-feira está prevista a realização de uma sessão especial do Parlamento Europeu.

Os eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido vai sair a União Europeia, depois de o “Brexit” ter conquistado 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira, segundo os resultados finais.

Os resultados do referendo fizeram cair a libra para o valor mais baixo desde 1985.

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  • fanã
    24 jun, 2016 aveiro 09:57
    Esta "primeira" é o resultado das abismais disparidades entre os Países membros de uma economia que arrastou para o endividamento perpétuo pequenos Países como Portugal , ameaças e medos são as armas da alta finança para manter os Povos subservientes a ditadura dos mercados . Antes do € vivíamos com o que tínhamos, hoje vivemos com o que não temos . Isto é um primeiro passo para o fim da moeda única !

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