24 jun, 2016 - 18:35
Era uma das principais promessas do “sair”: “Enviamos 50 milhões de libras por dia para a União Europeia. Vamos antes financiar o Serviço Nacional de Saúde”. Afinal, a promessa caiu logo no day after ao referendo.
O líder do UKIP, o partido eurocéptico defensor do Brexit, foi entrevistado esta sexta-feira pelo programa “Good Morning Britain”, começou por negar tal promessa e acabou por considerar que foi um “erro”.
Nigel Farage referiu no programa televisivo: “Não, nunca fiz essa promessa. Esse foi um dos erros que a campanha do ‘sair’ cometeu”.
Outras duas promessas do bloco “sair” também já caíram menos de 24 horas depois do referendo que aprovou a saída do Reino Unido da União Europeia através de elementos chave da campanha: sobre imigração no país e sobre a pressa de invocar o artigo 50 do Tratado de Lisboa.
O deputado conservador Daniel Hannan garantiu à BBC News que “ninguém sugeriu alterações no estatuto dos imigrantes”. “Se as pessoas acham que agora haverá zero imigração da União Europeia vão ficar desapontados”, acrescentou. Hannan esclareceu ainda: “Só pedimos mais controlo sobre quem entra”.
Já Liam Fox, assessor da campanha pelo Brexit, diz agora que “não faz sentido de accionar o artigo 50 do Tratado de Lisboa sem haver um período de reflexão que permita ao Governo determinar o que fazer e em que prazo”.
De recordar que uma das bandeiras do “sair” era o accionamento imediato do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que abre caminho, em dois anos, à saída do Reino Unido do grupo dos “28”.