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Brexit

Hollande e Merkel querem saída rápida. Reino Unido nem por isso

27 jun, 2016 - 10:42

Efeitos do referendo britânico que deu a vitória à saída do país da União Europeia continuam a ser analisados ao mais alto nível. Na terça, será a vez de se reunir o Conselho Europeu.

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A chanceler alemã, Angela Merkel, reúne-se esta segunda-feira, em Berlim, com o Presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi. O tema do encontro é o Brexit.

Os três líderes vão tentar encontrar uma posição comum para enfrentar a crise gerada pela decisão britânica de abandonar a União Europeia. O ministro francês das Finanças garantiu, esta manhã, que França e Alemanha estão sintonizadas nesta matéria e defendem que o Reino Unido deve sair do bloco o mais depressa possível.

No domingo, François Hollande e Angela Merkel falaram ao telefone e, de acordo com fontes próximas do Presidente francês, chegaram a um "acordo completo" sobre como lidar com o resultado do referendo britânico, tendo sublinhado a "necessidade de iniciativas a favor da Europa e de agir rapidamente em relação a prioridades concretas".

Esta segunda-feira, antes do encontro com Merkel e Renzi, Hollande reúne-se com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, para preparar a cimeira de terça-feira sobre o mesmo assunto.

Reino Unido só quer sair quando estiver preparado

Desde o resultado do referendo, na quinta-feira, o Reino Unido tem estado a ser pressionado por dirigentes e responsáveis da União Europeia para acelerar o seu divórcio com o resto da Europa.

No domingo, Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, exortou o primeiro-ministro demissionário David Cameron a iniciar o processo de saída da União a partir de terça-feira, durante a reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

Mas fonte oficial europeia disse à agência France Presse que o político britânico não pensa avançar.

Aliás, o ministro das Finanças britânico veio defender, esta segunda-feira, que o Reino Unido só deve activar o artigo 50º [do Tratado de Lisboa] para deixar a União Europeia quando tiver uma "visão clara" do seu futuro.

Numa declaração anterior à abertura dos mercados de valores, George Osborne aproveitou para enviar uma mensagem aos empresários, afirmando que, além de "fundamentalmente forte", a economia britânica "está aberta aos negócios".

Admitindo que "é inevitável" que a economia britânica se terá de ajustar à nova situação, ela é “forte” e “estável”, pelo que o Reino Unido está "equipado" para enfrentar as dificuldades face ao "Brexit".

Osborne garantiu ainda que, "durante as negociações” sobre a saída do país, não vai haver mudança nos direitos das pessoas de viajar e trabalhar, e na forma como as nossas mercadorias e bens são comercializados ou na forma como o nosso sistema económico e financeiro é regulado".

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  • E eles a dar-lhe!
    27 jun, 2016 Lisboa 22:09
    Oh caro XXT! Os ingleses votaram livremente no seu referendo e decidiram sair. Ninguém lhes agarrou na mãozinha e os fez pôr a cruz no quadradinho errado. Agora, sejam coerentes e saiam, se fazem favor. Qual arrogância? Os políticos Alemães pediram-lhes para ponderar bem e não deixar a EU. Mas os ingleses, soberanamente, derem vitória ao BREXIT. Agora, não queiram o melhor dos dois mundos. Aliás, o Sr. Schäuble já lhes tinha explicado isso com muita clareza. Ou precisam de um desenho?
  • bobo
    27 jun, 2016 lisboa e outra 13:20
    Portugal fora do Euro já Somos o caixote do lixo da Alemanha
  • XXT
    27 jun, 2016 Lisboa 13:14
    Ainda não perceberam que foi esta arrogância de acharem que podem mandar nos outros países que está a destruir a UE... Politicozinhos medíocres.
  • Alberto Sousa
    27 jun, 2016 Portugal 13:12
    E têm razão, um impasse moroso nada define e deixa as portas abertas a especulações, e a outros países tentarem o mesmo, além de parar vários processos politico/económicos que, inevitavelmente, terão que ser revistos em praticamente todos os países europeus e também com os seus parceiros pelo mundo fora.
  • Jose Antonio da Cost
    27 jun, 2016 Porto 12:58
    fora e rápido foi a escolha deles .
  • Desatina carreira
    27 jun, 2016 Queluz 12:49
    para mim esses ingleses ja vao tarde
  • Jorge Mendes
    27 jun, 2016 Leiria 12:38
    Decidiram pela saída. Que o façam de uma vez e o mais rápido possível, sem caldinhos e arranjinhos para que tudo permaneça quase na mesma. As atitudes têm que ter consequências e agora, de nada valem as lágrimas de crocodilo. O Reino Unido, sempre utilizou a chantagem para garantir os seus interesses na UE, tendo um pé dentro e outro fora dela. Chegou ao fim da linha. Para mim é de lamentar esta situação.
  • Essa é boa...
    27 jun, 2016 Lisboa 12:37
    Mas qual saída à bruta?! Não foram os ingleses que quiseram sair?! Não assassinaram cobardemente uma jovem deputada, mãe de duas crianças de 5 e 3 anos de idade?! Agora, façam favor que a porta da rua é a serventia da casa.
  • Atento
    27 jun, 2016 Évora 12:29
    Por aqui se vê como está a UE... a reunião de todos os primeiros-ministros é quarta-feira, mas os especiais reunem já hoje... a próxima reunião vai ser para ratificar o que ficar decidido hoje entre a Merkel e Hollande Por isso é que os Ingleses bazaram...
  • manuela antunes
    27 jun, 2016 beira baixa 12:13
    "...para deixar a União Europeia quando tiver uma "visão clara" do seu futuro. ..." Mas que diabo!? Atiram-se ao mar e só depois é que procuram a bóia? e até lá? continuam a contribuir monetariamente para a U.E.?

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