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Brexit

Presidente do Parlamento Europeu: Decisão foi dos britânicos mas afecta toda a Europa

28 jun, 2016 - 10:44

Resultado do referendo britânico deve dominar cimeira europeia que se realiza em Bruxelas esta terça e quarta-feira.

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O presidente do Parlamento Europeu (PE) sublinhou esta terça-feira, em Bruxelas, que a decisão de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) foi dos eleitores britânicos, mas "afecta todos os cidadãos" da União Europeia.

"A decisão foi dos eleitores britânicos, mas afecta todos os cidadãos da UE", referiu Martin Schulz, na abertura de uma sessão plenária do Parlamento Europeu (PE) para debater o resultado do referendo britânico que, na quinta-feira passada, ditou o “Brexit”.

Schulz saudou a presença, no plenário, "de todo o Colégio de Comissários, incluindo o britânico, Jonathan Hill", que apresentou a sua demissão na sequência do referendo.

O presidente do PE deixou ainda uma palavra de agradecimento pelo papel na construção europeia que tiveram os funcionários europeus da UE e os eurodeputados eleitos pelo Reino Unido.

Schulz agradeceu especialmente a Hill pelo trabalho executado e pela posição "extremamente digna" que tomou.

“Brexit” domina cimeira europeia

A discussão sobre a vitória da opção saída do Reino Unido da UE deve dominar formalmente a agenda desta terça-feira dos líderes europeus, em Bruxelas, a partir do jantar.

Ainda a 28, a cimeira de chefes de Estado e do Governo começa pelas 16h00 locais (15h00 em Lisboa), com o programa oficial a garantir que, até ao jantar, o “Brexit” estará de fora dos trabalhos.

Inicialmente decorrerão apresentações pelo secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, sobre relações UE/NATO, do presidente do Banco Europeu de Investimento, Werner Hoyer, sobre vizinhos do sul e dos Balcãs, estando ainda tópicos relacionados com migração, trabalho, crescimento, competitividade e relações externas.

Ao jantar, os líderes esperam ouvir do primeiro-ministro britânico, David Cameron, planos sobre o denominado processo de divórcio, como a data para espoletar o artigo 50.º do Tratado de Lisboa, sobre a saída de um Estado-membro, objectivos para acordos futuros.

Na discussão também surgirá a questão do "negociador" britânico, uma vez que Cameron anunciou a sua demissão em Outubro, assim como a intenção da Escócia em avançar com um novo referendo sobre a sua independência para garantir que continua na UE.

Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, António Costa, que numa reacção ao resultado da votação afirmou ser "um dia triste para Europa", mas também uma oportunidade para os 27 países da UE reflectirem sobre a resposta a dar aos "anseios dos cidadãos da Europa".

Os eleitores britânicos decidiram pela saída do Reino Unido da UE, com esta opção a conquistar 51,9% dos votos no referendo de quinta-feira.

Os líderes europeus anunciaram que pretendem um 'divórcio' do Reino Unido o mais rapidamente possível "por muito doloroso que seja o processo", num comunicado conjunto dos presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, do Conselho Europeu, Donald Tusk, do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e da presidência rotativa holandesa da UE, Mark Rutter.

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  • Bem!
    28 jun, 2016 Lisboa 12:12
    Quanto mais depressa for o assunto arrumado, melhor. Custe o que custar. E a Senhora Merkel continua a ser a nossa melhor timoneira.

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