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Oscar Pistorius volta para a prisão e vai lá ficar seis anos

06 jul, 2016 - 09:51

Poderá ser a sentença final para o ex-atleta, acusado pelo homicídio da namorada em 2013.

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Pistorius condenado a seis anos de prisão
Pistorius condenado a seis anos de prisão

O atleta olímpico e paraolímpico Oscar Pistorius foi condenado, esta quarta-feira, a seis anos de prisão pelo homicídio da sua namorada, Reeva Steenkamp, em 2013.

A juíza sul-africana Thokozile Masipa leu a sentença. Pistorius foi de imediato levado para a prisão.

A 15 de Junho, o procurador sul-africano Gerrie Nel requereu uma pena mínima de 15 anos de prisão para Pistorius, depois de, no final de 2014, o atleta também conhecido como “Blade Runner” ter sido condenado, em primeira instância, a cinco anos de prisão efectiva por "homicídio involuntário".

Os argumentos para uma pena de 15 anos (que apontavam a falta de remorsos por parte de Pistorius) não colheram junto da juíza Thokozile Masipa. No seu entender, a família da vítima sofreu uma grande perda, mas a carreira e vida do atleta também ficaram arruinadas.

“A vida do acusado nunca será a mesma. Ele é um herói em decadência e nunca voltará a estar em paz”, afirmou.

Pistorius, agora com 29 anos, passou cerca de um ano na prisão, antes de ser colocado em regime de residência vigiada, previsto na lei sul-africana. Vivia, desde Outubro de 2015, na casa de um familiar em Pretória, sob controlo electrónico.

O crime ocorreu a 14 de Fevereiro de 2013. Oscar Pistorius disparou contra a namorada na casa onde viviam, em Pretória. O atleta defendeu-se dizendo que disparou tiros de aviso contra a porta da casa-de-banho por engano, pensando se um intruso teria entrado em casa.

A Liga de Mulheres do Congresso Nacional Africano tem acompanhado o caso desde o início e foi um dos que defendeu uma pena de 15 anos de prisão. A decisão da juíza Thokozile Masipa foi considerada insuficiente.

“De cinco para seis anos? Ela [juíza] é um embaraço para o sistema judicial”, afirmou a porta-voz do movimento, que assistiu à leitura da sentença. “É um insulto a todas as mulheres deste país”, concluiu.

Fora do tribunal, um grupo de apoio a Pistorius exibia um cartaz a pedir a sua libertação.

O pai de Reeva Steenkamp, Barry, não quis comentar a decisão desta quarta-feira. “Deixaremos isso para o Estado”, afirmou. Não se sabe ainda se haverá recurso.

Oscar Pistorius tornou-se mundialmente conhecido depois de se ter tornado no primeiro duplo amputado a participar nuns Jogos Olímpicos.

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