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Governante francês diz que contratação de Durão pela Goldman Sachs é “particularmente escandalosa”

13 jul, 2016 - 18:05

O secretário de Estados dos Assuntos Europeus, Harlem Désir, considerou que "moralmente, politicamente, eticamente, é uma falha por parte do senhor Barroso" a ida para o banco norte-americano.

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O secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Harlem Désir, pediu esta quarta-feira solenemente ao antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso para não aceitar trabalhar na Goldman Sachs, lembrando o papel do banco na Grécia e durante a crise financeira.

"O senhor Barroso fez a cama dos antieuropeus. Apelo, pois, solenemente, a que abandone esse cargo", disse Harlem Désir perante os deputados franceses, referindo-se ao cargo de presidente não executivo e conselheiro da Goldman Sachs no seguimento da decisão britânica de sair da União Europeia.

Para o governante francês, esta contratação "é particularmente escandalosa tendo em conta o papel desempenhado pelo banco durante a crise financeira de 2008, mas também o papel na camuflagem das contas públicas da Grécia".

Defendendo alterações às regras sobre as incompatibilidades dos líderes europeus quando saem dos cargos, Harlem Désir considerou que "moralmente, politicamente, eticamente, é uma falha por parte do senhor Barroso" e acrescentou que "este é o pior serviço que uma ex-presidente de uma instituição europeia poderá dar ao projecto europeu num momento da história em que, pelo contrário, precisa de ser sustentado, mantido e reforçado".

O banco norte-americano Goldman Sachs anunciou na semana passada a contratação de Durão Barroso como presidente não-executivo da instituição e de consultor, num momento em que o sector financeiro foi abalado pelas dúvidas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.

"Evidentemente, que conheço a União Europeia e o contexto britânico relativamente bem. Se o meu conselho for útil em tais circunstâncias, estou pronto a ajudar", comentou Durão Barroso, em declarações ao Financial Times.

Durão Barroso não violou qualquer regra, uma vez que, 18 meses depois de ter terminado o seu mandato, nada obriga os ex-membros da Comissão Europeia a prestar contas à instituição.

"Os ex-comissários, obviamente, têm o direito de prosseguir a sua carreia profissional ou política", disse um porta-voz da Comissão Europeia, acrescentando que é legítimo as pessoas com grande experiência e qualificações desempenhar funções de liderança no sector público ou privado.

Em declarações ao semanário Expresso, Durão Barroso afirmou que se é "criticado por ter cão e por não ter".

Comentários
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  • vida difícil
    14 jul, 2016 Santarém 23:21
    Entretanto o senhor Harlem Désir terá que se preocupar com os cortes de cabelo do senhor Hollande e muito sobretudo segundo notícias de última hora com mais um atentado em Nice onde já há dezenas de mortes e feridos e é isto que mais vai preocupando a sociedade francesa farta já de aturar políticos de meia tijela que falam muito e nada fazem.
  • vida difícil
    14 jul, 2016 Santarém 23:21
    Entretanto o senhor Harlem Désir terá que se preocupar com os cortes de cabelo do senhor Hollande e muito sobretudo segundo notícias de última hora com mais um atentado em Nice onde já há dezenas de mortes e feridos e é isto que mais vai preocupando a sociedade francesa farta já de aturar políticos de meia tijela que falam muito e nada fazem.
  • vida difícil
    14 jul, 2016 Santarém 23:21
    Entretanto o senhor Harlem Désir terá que se preocupar com os cortes de cabelo do senhor Hollande e muito sobretudo segundo notícias de última hora com mais um atentado em Nice onde já há dezenas de mortes e feridos e é isto que mais vai preocupando a sociedade francesa farta já de aturar políticos de meia tijela que falam muito e nada fazem.
  • Luis
    14 jul, 2016 Lisboa 09:38
    A atitude é uma atitude porcina totalmente identificada com quem a tomou. Espanta? Só se for os distraidos.
  • José
    13 jul, 2016 Portimão 23:03
    Eu sei, que é duro, muito duro, todos sabemos, que irá ser duro muito duro. Mas sacrifícios por sacrifícios, todos os Povos que estão a ser alvo desta nova maneira de guerra dos grandes, sobretudo da Alemanha, tem que ser travada. Tem mesmo que ser travada. Pois irá ser duro, mas como dizia, todos os Povos teem que se unir. Se a saída for pela saída desta união, que já está mais que visto, que é apenas união para alguns, então vamos todos lutar por retornar, a que todos os Países tenham de volta os seus valores e sobretudo o poder de decisão e soberania. Poderá e certamente terá alguns tempos de ventos difíceis, mas como em todas as guerras, os vencedores sairão mais fortes, e esse vencedores terão que ser os que hoje são espezinhados, por este novo tipo de holocausto
  • tobias figueira
    13 jul, 2016 faro 21:45
    Um traidor, um vendido, um incompetente, um medíocre, um cherne.
  • Pedro
    13 jul, 2016 Madeira 20:27
    E logo ele ,que deixou o pais na miséria ,juntamente com o governo anterior
  • José
    13 jul, 2016 20:03
    Noutras circunstâncias e talvez outra personalidade, não deixaria de ser relevante para o nosso país, o facto de um português ocupar um cargo de relevo, numa instituição mundial mas, tendo em conta a cimeira dos Açores com George Bush, Tony Blair, José Aznar e Durão Barroso que, baseados na mentira de que existiam armas de destruição maciça, no Iraque e decidiram invadir aquele país, com as terríveis consequênncias hoje conhecidas para a humanidade visto que, o Daesh resultou dessa mesma decisão irresponsável. O Dr. Durão Barroso, teve como prémio, a ida para a Comissão Europeia e, pelos vistos, continua a faturar agora, na Goldaman Sachs. Não deixa de ser vergonhoso.
  • Mas há duvidas?
    13 jul, 2016 pt 19:44
    só o amigalhaço Passos Coelho pensa o contrario, juntamente com os seus afins politicos!
  • paulo
    13 jul, 2016 vfxira 19:14
    É um aproveitanço,para o ego egoísta e de falta de honra desta criatura,mas há mais como ele,uma pena e uma desonra para o povo que trabalha em Portugal.

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