16 jul, 2016 - 15:01
O presidente turco, Tayyip Erdogan, pouco depois de regressar à Turquia falou à imprensa e considerou que a tentativa de golpe foi como um “presente de Deus” que permitirá “limpar” o Exército.
"Este levantamento, este movimento é um grande presente de Deus para nós, porque o exército será limpo”, disse, em conferência de imprensa, pouco depois de aterrar em Istambul, assegurando que os golpistas vão pagar caro pela sua “traição”.
Mas entretanto já há outros sectores onde a limpeza começou.
O Conselho Supremo dos Juízes e Procuradores da Turquia decidiu afastar 2745 juízes, meras horas depois da tentativa de golpe de Estado no país. Os magistrados são suspeitos de terem ligações a Fethullah Gülen, rival do Presidente Erdogan e radicado nos EUA –apontado, sem provas, como o mentor da acção militar desta sexta-feira.
A maioria (2204) exerce em tribunais comuns, os restantes (542) são juízes em tribunais administrativos.
Segundo a imprensa turca há ainda dez elementos do Conselho de Estado que foram detidos, também por suspeitas de ligação à tentativa de golpe de Estado.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, revelou por seu lado que mais de 2.839 soldados suspeitos de envolvimento na tentativa de golpe de Estado foram detidas, garantindo que neste momento a situação está completamente controlada.