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Turquia. Já há seis mil detidos depois do golpe de Estado falhado

17 jul, 2016 - 11:22

A caça aos responsáveis pela tentativa de derrube do governo está no terreno e promete continuar nos próximos dias.

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O ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, anunciou que até ao momento já foram detidas seis mil pessoas relacionadas com o golpe de Estado falhado na passada sexta-feira.

Mas o processo está longe de acabar, segundo garante o governante citado pelo canal turco NTV .

“O processo judicial vai continuar”, avança Bozdag.

Citado pela agência Reuters, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, falou sobre os graves incidentes na Turquia para dizer que a tentativa de golpe de Estado não dá "carta branca" ao presidente Erdogan para iniciar uma purga no país.

Pelo menos 265 pessoas morreram na tentativa de golpe de estado . O mais recente balanço foi feito pelas autoridades turcas. De acordo com a mesma fonte, entre os mortos estão 161 civis e elementos da polícia e 104 elementos revoltosos.

Depois de controlado o movimento rebelde, o presidente turco, Tayyip Erdogan, falou à imprensa, considerando que a tentativa de golpe foi como um “presente de Deus” que permitirá “limpar” o Exército.

"Este levantamento, este movimento é um grande presente de Deus para nós, porque o exército será limpo”, disse, em conferência de imprensa, pouco depois de aterrar em Istambul, assegurando que os golpistas vão pagar caro pela sua “traição”.

O Conselho Supremo dos Juízes e Procuradores da Turquia decidiu afastar 2.745 juízes, meras horas depois da tentativa de golpe de Estado no país. Os magistrados são suspeitos de terem ligações a Fethullah Gülen, rival do Presidente Erdogan e radicado nos EUA –apontado, sem provas, como o mentor da acção militar desta sexta-feira.

A maioria (2.204) exerce em tribunais comuns, os restantes (542) são juízes em tribunais administrativos.

Segundo a imprensa turca há ainda dez elementos do Conselho de Estado que foram detidos, também por suspeitas de ligação à tentativa de golpe de Estado.

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  • Fernando Lima
    17 jul, 2016 lisboa 15:25
    A locutora da CNN Turca devia ter uma estátua!!!! A "brincadeira" da ligação facetime com o presidente fez lograr uma grande oportunidade para neutralizar este ditador. O jornalismo democrático ao serviço das ditaduras! Fantástico!
  • Agostinho Almeida
    17 jul, 2016 Moita 14:59
    O HITLER FEZ O MESMO !
  • Quitéria Barbuda
    17 jul, 2016 Paço de Arcos 14:46
    "O Erdogan montou um belo cenário para conseguir finalmente instaurar a ditadura. Mais um ditador que irá destruir o seu país!" - Dra. Quitéria Barbuda.
  • O Tal
    17 jul, 2016 Por Aí 12:49
    Caiu do céu esta tentativa de golpe de estado, era disto que o presidente turco necessitava para fazer a purga.
  • Luis
    17 jul, 2016 Lisboa 12:48
    Cada vez mais, à medida que o tempo passa e as purgas vão sendo feitas se vai concluindo que o golpe foi "encomendado". Erdogan vai ter um fim tragico. A questão resume-se apenas em saber quanto tempo é que ainda vai durar. São tão imbecis que nem com a Historia são capazes de aprender alguma coisa. Não é para admirar pois por alguma razão o homem é um ex vendedor ambulante.
  • Conceição Pinto
    17 jul, 2016 Lisboa 12:25
    A ser verdade o que está escrito na caixa alta desta notícia, deveríamos reflectir sobre o que a UE e os Estados Unidos da América consideram um regime democrático(?!) Desde já informo que não sou nem nunca serei comunista, mas defensora dos direitos humanos, da justiça e da liberdade.
  • jose Magalhães
    17 jul, 2016 Lisboa 12:16
    Cheira um bocado a Staline. Vamos esperar,... mas tudo indica que sim.
  • bobo
    17 jul, 2016 lisboa e outra 12:06
    Povo da Turquia ponha os olhos em Portugal e nas ex províncias ultramarinas
  • Zé Ninguem
    17 jul, 2016 Alverca 12:03
    É impressionante os golpes que se fazem utilizando uns e matando outros para reforçar poderes, e ganhar batalhas religiosas e politicas !
  • CAMINHANTE
    17 jul, 2016 LISBOA 11:55
    A vergonha duma falsa democracia, duma tirania Islâmica que a dita União Europeia se pretendia a integrar ( e ainda pretende? ) no seu seio e que tem o apoio dos EUA... o Islão intolerante, fanático, anti-democrata ( a democracia não se resume a umas eleições), retrógrado e obscurantista a implantar-se com mais Poder, nas "barbas" duma Europa já infiltrada, pronta a cair-lhe nas mãos a breve prazo, face à sua expansão e ocupação demográfica... e por este lado vão-se propagando teses de "amor e solidariedade", focando toda a atenção para pactos orçamentais ao serviço da usura e agiotagem, perdendo dias e dias a pensar em sanções...

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