22 jul, 2016 - 14:42 • André Rodrigues
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2016 está a ser o pior ano da crise dos refugiados, garante a Organização Internacional das Migrações (OIM).
Em declarações à Renascença, Joel Millman, porta-voz da OIM, revela que desde finais de Março “registou-se uma média de 20 mortes por dia” nas tentativas de atravessar o Mediterrâneo até solo europeu.
A instituição, com sede em Genebra, na Suíça, estima que pelo menos três mil migrantes e refugiados morreram no Mediterrâneo desde o início do ano. Um número que "está em constante evolução”, reconhece Joel Millman.
O mais preocupante, explica o porta-voz da OIM, “é que, este ano, alcançámos esta contabilidade muito mais cedo do que em qualquer dos últimos dois anos”.
Três mil pessoas foi o número de mortes no Mediterrâneo entre Janeiro e Outubro do ano passado ou Janeiro e Setembro de 2014.
“Estamos a meio de Julho e já temos este número que é muito alarmante. Estamos apenas a 800 do número total de vítimas alcançado durante todo o ano passado”, diz.
Joel Millman receia, por isso, que, “com os cinco meses que ainda temos pela frente, possam morrer bem mais do que 800 pessoas". "Então sim, certamente ultrapassaremos as quatro mil mortes este ano”, avisa.