26 jul, 2016 - 12:49
O Presidente francês condenou esta terça-feira o ataque que fez um morto e vários feridos numa igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia. “O Estado Islâmico declarou guerra, e nós devemos combater esta guerra com todos os meios”, afirmou.
François Hollande deslocou-se à pequena localidade para dizer que a luta se fará “dentro da lei”, porque a França “é uma democracia”, e para expressar a sua solidariedade com “todos os católicos de França”.
“Os meus pensamentos estão com eles. Esta noite irei receber o Arcebispo da Normandia, que depois se irá dirigir à população”, acrescentou. “Amanhã, terei um encontro com representantes de todas as religiões.”
“Todos os católicos foram atingidos hoje, mas também todos os cidadãos de França. Ninguém pode conseguir dividir-nos”, declarou Hollande em Saint-Etienne-du-Rouvray.
O Presidente gaulês informou que as investigações já começaram a cargo da Procuradoria, que depois informará o público sobre aquilo que aconteceu.
“Temos de nos aperceber de que os terroristas não vão parar, e por isso a nossa determinação é pará-los. Iremos mobilizar todos os nossos recursos”, garantiu.
Citando as ameaças sentidas repetidamente pela França mas também pela Alemanha, François Hollande declarou ainda: “Estamos sob ameaça, mas a nossa força depende da nossa coesão”.
Um refém foi morto no sequestro desta terça-feira numa igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, no norte de França. A vítima mortal é o padre Jacques Hamel, de 84 anos, e o ferido grave um fiel.
Fonte da polícia, citada pela agência Reuters, informou que o padre foi degolado pelos atacantes. O Vaticano condena o ataque, descrevendo-o como uma “morte bárbara”.
Na operação para pôr fim ao sequestro a unidade de intervenção da polícia matou os dois sequestradores, armados com facas, que fizeram cinco reféns, indicou o porta-voz do Ministério do Interior francês.
Depois de “neutralizados” os atacantes a igreja foi revistada pelas forças policiais devido à possibilidade de existência de explosivos.
O jornal francês “Le Point” avançou que se trata de mais um ataque terrorista porque os sequestradores gritaram “Estado Islâmico” no momento em que invadiram a igreja. No interior estariam o padre, duas freiras e vários fiéis. O ataque não foi, no entanto, oficialmente reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico.