27 ago, 2016 - 11:10
A Presidente brasileira com mandato suspenso, Dilma Rousseff, irá na segunda-feira ao Senado, em Brasília, para prestar depoimento acompanhada do ex-Presidente Lula da Silva para além de 18 ex-ministros e líderes partidários.
Segundo informação confirmada à agência Lusa pela assessoria da Presidente suspensa, a comitiva deverá contar com 33 pessoas, incluindo dez assessores.
Entre os ex-governantes estão os ex-ministros Aloizio Mercadante, da Educação, Eugênio Aragão, da Justiça, e Jaques Wagner, da Casa Civil.
A comitiva conta também com os presidentes dos partidos Rui Falcão, do Partido dos Trabalhadores (PT), Carlos Lupi, do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e Luciana Santos, do Partido Comunista do Brasil (PcdoB), para além de Renato Rebelo, ex-presidente do PcdoB.
A Presidente decidiu fazer pessoalmente a sua defesa e submeter-se às questões da acusação, da defesa e dos senadores que irão julgar se ela cometeu irregularidades orçamentais.
A galeria do Senado estará reservada para receber 20 convidados da defesa e outros 20 da acusação, para além de jornalistas.
A comitiva de Dilma Rousseff terá ainda à sua disposição a tribuna de honra do plenário.
Fora do plenário, a comitiva terá direito a uma área privativa que faz parte do gabinete de Renan Calheiros, presidente do Senado.
Segundo os senadores Humberto Costa e Paulo Rocha, do PT, Lula da Silva reuniu-se sexta-feira com Dilma Rousseff em Brasília para fazer "troca de avaliações políticas" relativas ao processo.
Se Dilma Rousseff, que está temporariamente afastada do poder desde 12 de maio, for considerada culpada por 54 dos 81 senadores, perderá definitivamente o mandato e o direito a ocupar cargos públicos electivos por oito anos, assumindo Michel Temer, actual Presidente interino, a liderança do país até às presidenciais de 2018.