Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

EUA e China ratificam acordo para travar alterações climáticas

03 set, 2016 - 11:27

Os dois maiores emissores de gases com efeito de estufa vão assinar o acordo de Paris. Associação ambientalista ZERO fala num "dia histórico".

A+ / A-

Os Estados Unidos e a China, os maiores emissores de gases com efeito de estufa, anunciaram hoje que vão ratificar o acordo de Paris para travar as alterações climáticas.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, entregaram uma declaração conjunta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que está na China para testemunhar o importante anúncio.

A ratificação pelos dois maiores emissores de gases com efeito de estufa pode levar o acordo de Paris a entrar em vigor até ao final do ano.

Os EUA e a China também se comprometem a cooperar com outros dois acordos ambientais, um relativo às emissões do sector aeronáutico e outro para travar a emissão de gases com impacto na camada de ozono.

Brian Deese, conselheiro de Barack Obama para questões ambientais, espera que esta tomada de posição dos Estados Unidos e da China leve outros países a ratificar o acordo, como a Índia, o Brasil ou o Canadá.

Obama vai reunir-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, à margem da cimeira do G20, em Hangzhou, na China, que decorre este fim-de-semana.

O acordo de Paris foi rubricado por quase 200 países em Dezembro do ano passado. O objectivo é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e manter o aumentos da temperatura do planeta abaixo dos 2º graus Celsius.

Os especialistas alertam que este objectivo está em risco e a agência meteorológica da ONU avança que 2016 está a ser um dos anos mais quentes desde que há registos.

"Dia histórico"

Para a associação ambientalista ZERO, "as ratificações do Acordo de Paris hoje anunciadas pela China (com emissões de 7,5 mil milhões de toneladas/ano, cerca de 20% do total global – Portugal tem emissões de cerca de 65 milhões de toneladas/ano) e pelos Estados Unidos da América (que representam 18% das emissões globais), torna o dia de hoje histórico".

A ZERO sublinha, em comunicado, que "a União Europeia, responsável por 12% das emissões globais, terá um Conselho Europeu de Ambiente, onde a ratificação do Acordo de Paris será discutida como um objectivo prioritário a acontecer antes de entrada em vigor do Acordo".

"A entrada em vigor do Acordo de Paris acontecerá quando houver 55 países responsáveis por 55% das emissões globais que tenham ratificado o acordo. Ora, com China, EUA e União Europeia, a acrescentar aos 24 países que já ratificaram o Acordo (mas que no entanto representam apenas 1% das emissões), estaremos em 51% o que torna possível que Paris seja viabilizado ainda em 2016, 4 anos antes do inicialmente previsto quando aprovado em Dezembro de 2015", sublinha a ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • fanã
    03 set, 2016 aveiro 19:58
    Acordos, acordos e mais acordos , este já não é dos primeiros , e resultado????????
  • Madala
    03 set, 2016 Évora 13:57
    Só no papel... porque na prática nada de nada.

Destaques V+