18 set, 2016 - 01:20
A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Samantha Power, pede desculpa pelo erro que terá provocado a morte de dezenas de militares sírios, mas chama “cínicos” e “hipócritas” aos russos.
Moscovo, que convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para que os 15 Estados-membros analisassem o ataque norte-americano junto ao aeroporto de Deir al-Zor, na Síria, chegou a acusar os Estados Unidos de serem "coniventes" com os terroristas do Estado Islâmico.
Samantha Power confirma que os Estados Unidos estão “a investigar o incidente e, se se confirmar que foram atacados militares sírios, essa não era a nossa intenção e lamentamos a perda de vidas”.
Depois, a embaixadora “virou-se” para a Rússia, que convocou a reunião e é uma aliada do regime do Presidente sírio e não foi meiga nas palavras.
“Desde 2011, o regime de Bashar al-Assad tem, intencionalmente, atacado alvos civis com regularidade, tem impedido ajuda humanitária a pessoas que passam fome e têm doenças tratáveis, usou armas químicas contra o seu povo e torturou dezenas de milhares de pessoas nas prisões”, disse Samantha Power em conferência de imprensa nas Nações Unidas.
Lembra a embaixadora que, “perante todas estas atrocidades, nunca a Rússia se indignou ou exigiu investigações ou alguma vez pediu uma reunião de emergência sobre a Síria”.
De recordar que o Kremlin exigiu a Washington “explicações completas e detalhadas” sobre o que aconteceu em Deir al-Zor.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, morreram 80 militares sírios. Já fonte do Governo sírio confirma, pelo menos, 62 vítimas.