16 set, 2016 - 12:32
A justiça sueca manteve o mandato de detenção emitido em 2010 contra o fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, no âmbito de um processo por alegada violação.
O Tribunal da Relação de Estocolmo "rejeita o pedido de levantamento do mandato ", considerando que Assange "se mantém como suspeito de violação" e que "existe um risco de fuga à justiça ou a uma condenação", precisa um comunicado emitido esta quinta-feira pela instituição, citado pela agência France Presse.
O australiano, de 44 anos, está refugiado desde 2012 na embaixada do Equador, em Londres, para evitar a extradição para a Suécia, onde é procurado por suspeita de crimes sexuais. Teme que ao voltar a pisar solo sueco possa acabar por ser extraditado para os Estados Unidos, onde poderá responder pela divulgação de milhares de documentos confidenciais.
Segundo a imprensa, as acusações remontam a 2010 e partem de duas mulheres: uma terá passado a noite com o fundador do WikiLeaks num apartamento de Estocolmo e outra esteve reunida com ele em Enköping. Assange recusa as acusações de violação.
O processo na Suécia só expira em 2020, data limite para ser proferida uma acusação.